Metalóide (ou Semimetal)

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O que é um Metalóide

Metalóide, ou Semimetal, é a designação clássica dada a elementos químicos que, não sendo metais, apresentam algumas características visuais, físicas, químicas e subatómicas dos metais. Pode dizer-se, portanto, que os metalóides são elementos químicos intermédios entre os metais e os não metais (também designados ametais). São considerados como metalóides o boro, o silício, o germânio, o arsénio, o antimónio, o telúrio, o polónio e por vezes também o astato. Na tabela periódica, os metalóides surgem aproximadamente ao longo de uma linha diagonal do boro ao polónio – à esquerda dessa diagonal localizam-se metais e à sua direita localizam-se ametais.

Algumas das principais características dos metalóides são as seguintes:

  • Características visuais: Apresentam brilho, embora não tão forte quanto os metais;
  • Características físicas: São semicondutores térmicos e semicondutores de corrente elétrica;
  • Características químicas: Formam óxidos anfóteros e têm tendência para se fragmentarem se possibilidade de poderem ser moldados;
  • Características subatómicas: Apresentam discreta interseção ou sobreposição da banda de condução com a camada de valência.

Modernamente existe uma tendência para para considerar todos os elementos como metais ou como ametais, classificando os metalóides numa ou noutra categoria. Assim, é cada vez mais comum classificar como metal o antimónio, o germânio  e o polónio e como ametais o telúrio, o boro, o silício, o astato e o arsénio.

Aplicações dos Metalóides

Devido às suas caraterísticas intermédias entre metais e ametais, os metalóides têm numerosas aplicações práticas, destacando-se a eletrónica: a fabricação de transistores, diodos, circuitos integrados, microprocessadores e baterias solares.

Muitas das suas aplicações têm que ver com o facto de serem semicondutores elétricos, ou seja funcionam como isolante elétrico à temperatura ambiente, tornando-se bom condutor elétrico quando aquecido ou quando se introduzem determinados elementos nos interstícios da sua estrutura cristalina. Tal acontece porque nos metalóides os eletrões de valência não estão livres como nos metais, mas as suas ligações apresentam um razoável caráter covalente – assim, e à medida que se aumenta a temperatura, os eletrões fracamente ligados tornam-se livres e movem-se através da rede cristalina do metalóide, ou seja, passam a conduzir a corrente elétrica.

Além da eletrónica (onde o silício se destaca como matéria-prima), outras aplicações são:

  • Boro: fibras de vidro, cerâmica, fertilizantes, inseticidas e determinados polímeros;
  • Germâmio: componentes eletrónicos, lentes especiais, ligas metálicas;
  • Arsénio: ligas metálicas, conservação da madeira, veneno contra pragas;
  • Antimónio: ligas metálicas, vulcanização da borracha, componentes eletrónicos;
  • Telúrio: sobretudo para reforçar ligas metálicas;
  • Polónio: indústria electrónica, satélites artificiais e sondas espaciais, pilhas termoelétricas;
  • Silício: numerosas aplicações com destaque para o fabrico de componentes eletrónicos.
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