O stress escolar é estabelecido através de conflitos que acontecem entre as partes intervenientes da comunidade escolar. É importante compreender bem a origem para que se possa minimizar as consequências negativas do mesmo.
A razão pela qual alguns autores em diferentes estudos se debruçam sobre o stress escolar diz respeito a facto de que, por vezes, a escola é um fator altamente gerador de stress, primeiramente por ser o principal local onde a criança socializa fora da família (Lemes, Fisberg, Rocha, Ferrini, Martiins, Siviero, & Ataka, 2003).
É, muitas vezes, na escola, que os relacionamentos provocam conflitos e que, além de ser uma forma negativa de interagir entre as partes, traz graves consequências a longo prazo no que diz respeito à socialização do indivíduo (Raimundo, & Pinto, 2006).
Esta situação tem origem em questões de relação, por vezes entre o professor e o aluno uma vez que ambos levam para a escola a sua bagagem histórica, as suas ideias, as expetativas de ambos, entre muitas outras coisas que influenciam o que acontece dentro da sala de aula (Lemes et al, 2003).
Raimundo e Pinto (2006) consideram, além da relação entre professores e alunos, que as próprias relações entre pares são altamente stressantes para as crianças em contexto escolar.
Alguns dos maiores fatores destes relacionamentos que podem gerar stress escolar, prendem-se com avaliações e reavaliações, com esforços cognitivos e comportamentais entre a criança e o meio, entre outros (Raimundo, & Pinto, 2006).
Conclusão
O stress escolar é maioritariamente causado pelos relacionamentos estabelecidos na instituição de ensino onde coabitam alunos, professores e funcionários. Na maioria das vezes tem a ver com conflitos que surgem, seja por causa de comportamentos, avaliações ou reavaliações, o que leva à preocupação com o tema uma vez que, quando produz efeitos negativos, pode trazer consequências para a aprendizagem social futura da criança.
References:
- Lemes, S.O, Fisberg, M, Rocha, G.M, Ferrini, L.G, Martins, G, Siviero, K, & Ataka, M.A. (2004). STRESS INFANTIL E DESEMPENHO ESCOLAR – AVALIAÇÃO DE CRIANÇAS DE 1º A 4ª SÉRIE DE UMA ESCOLA PÚLICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Revista estudos de Psicologia, PUC – Campinas, v. 20, n. 1, p. 5-14, janeiro/abril 2003.
- Raimundo, Raquel Catarina Proença, & Pinto, Maria Alexandra Penedo Marques. (2006). Stress e estratégias de coping em crianças e adolescentes em contexto escolar. Aletheia, (24), 09-19. Recuperado em 18 de dezembro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942006000300002&lng=pt&tlng=.