Vila Nova de Milfontes

Vila Nova de Milfontes, apelidada de “Princesa do Alentejo”, é uma freguesia do concelho de Odemira e distrito do Beja, pertencente ao Baixo Alentejo e fazendo parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

A nível populacional esta freguesia conta com cerca de 5 mil habitantes residentes divididos por uma área geográfica de pouco mais de 75 km2, que conta com mais de 60 localidades. Situação esta que se altera drasticamente na altura do Verão, visto ser o local de eleição e referência por milhares de turistas portugueses e estrangeiros que a escolhem para as férias devido à beleza paisagística e natural das suas inúmeras praias.

É ainda nesta localidade que desagua o Rio Mira e que proporciona todas as condições para a prática de actividades náuticas, e que todos os anos recebe milhares de praticantes dessas actividades.

Relativamente à história desta localidade, no final da reconquista cristã o litoral alentejano era pouco povoado e o pouco que o era estava completamente desorganizado, levando a que Dom Afonso III fizesse grandes doações à Ordem de Santiago de modo a reverter esta situação. Foi apenas no ano de 1484 que o rei Dom João II fundou a vila na localidade de Milfontes, com o objectivo de a tornar numa fortaleza para proteger as transacções comerciais. Com isto, o rei desanexa Milfontes do concelho de Sines e cria em 1486 um novo concelho que irá durar até o ano de 1836, quando passou a ser integrada no extinto concelho do Cercal devido à sua baixa taxa populacional. Apenas no ano de 1855 passou a ser uma freguesia de Odemira, onde se mantém até aos dias de hoje.

No entanto, esta zona não foi apenas habitada nesta época, visto os achados arqueológicos provarem que já no Paleolítico aqui se haviam instalado pessoas. Mais tarde viria a ser ocupada por romanos e árabes, sendo desde sempre uma localidade piscatória.

Visto a sua localização costeira, esta vila era várias vezes atingida por navios piratas o que fez com que no final do século XVI fosse mandado erguer um forte, o Forte de São Clemente também conhecido por Castelo de Milfontes.

De personalidades e feitos históricas destaca-se o facto de ter sido de Milfontes que partiu Brito Paes (natural do concelho de Odemira) e Sarmento Beires em 1924 ruma a Macau, realizando a primeira travessia aérea entre Portugal e Macau, na altura colónia portuguesa.

Relativamente à origem do nome “Milfontes” (nome pelo qual era conhecida antes de passar a Vila Nova de Milfontes), crê-se que tem origem medieval, e que era utilizada para identificar a margem direita do rio Mira e que a palavra “Mil”, aqui não significa um número exacto mas sim uma quantificação (muitos lugares). No entanto a palavra fontes provém do facto de aqui existir um numero elevado de fontes.

Actualmente é no sector terciário, o dos serviços, principalmente no turismo e comércio assim como no sector das pescas que a localidade se auto-sustenta.

No que concerne a pontos de interesse turístico a sua maioria são as vastas praias da freguesia, com destaque ainda para o Forte de São Clemente, as diversas actividades náuticas e a beleza ímpar da zona protegida em que se insere, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

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