Alvaiázere

Alvaiázere é uma vila sede de concelho, pertencente ao distrito de Leiria. Situada a mais de 300 metros de altitude no sopé de uma serra com o mesmo nome, Alvaiázere apresenta uma beleza natural notável. A serra, que se apresenta a leste da vila, desdobra-se em quatro braços, cada um dos quais adquirindo um nome próprio, nomeadamente: serra de Almoster, serra da Mata, serra de Pousa-Flores e serra de Santa Margarida. Nela situa-se um interessante gruta conhecida como o Algar com formações estalactíticas. As suas águas escoam-se para um outro algar localizado na outra vertente e cujas infiltrações dão origem ao ribeiro da Freixianda, um dos afluentes do rio Nabão. A paisagem a partir do topo da serra é extraordinária. A Oeste apresenta-se a serra d’Aire, a serra do Sicó e, em dias mais límpidos, o mar. A Este, a capelinha de Santo António em Figueiró dos Vinhos, a serra do Caramulo e a serra da Sertã.

A origem da povoação na base da serra perde-se no tempo. No local terão vivido os primitivos povos da Península Ibérica e os Lusitanos contruiram várias fortificações na serra. Os Romanos também estiveram estabelecidos no local como prova o aperecimento de numerosas moedas e utensílios. Mais tarde também os árabes aí se fixaram tendo-lhe chamado Al-bai-zir que significa campo aromático, dando origem ao actual nome da localidade.

Depois da passagem dos árabes a povoação entrou em declínio voltando a ser reedificada durante o reinado de D. Sancho I, o qual lhe concedeu carta de foral. Em 1388, no reinado de D. João I, Alvaiázere é elevada à categoria de vila, prova do desenvolvimento que conheceu na altura. No século seguinte, em 1435, Alvaiázere passa para o domínio da Casa Real, sendo doada por D. Duarte à sua esposa a rainha Dª Leonor. Nos últimos anos da monarquia, a vila pertenceu à Casa do Cadaval.

Do património edificado da vila, o grande destaque vai para a Igreja Matriz do séc. XVI, ao lado da qual se situa o belo coreto da década de 30 do séc. passado.