A Torre de Belém é um monumento de propriedade nacional do Estado Português e que se localiza em Belém, na cidade de Lisboa. A Torre de Belém tem atualmente uma função cultural.
O edifício da Torre de Belém é um monumento que se localiza na freguesia de Belém, no concelho de Lisboa, a capital de Portugal. A Torre de Belém localiza-se mais precisamente na margem direita do Rio Tejo onde em tempos existiu uma praia, conhecida como a Praia de Belém. A construção da Torre de Belém foi, em tempos, cercada pelas águas do Rio Tejo em todo o seu perímetro, no entanto, ao longo dos anos e com a evolução da zona, a Torre de Belém foi envolvida pela Praia de Belém e mais tarde incorporou-se totalmente em terra firme, tal como se encontra nos dias de hoje. O edifício é um dos “ex-libris” da cidade de Lisboa e é um ícone de arquitetura da época do reinado do Rei Manuel I de Portugal que começou a ser construído no ano de 1514 e só no ano de 1519 a obra ficou totalmente construída. Inicialmente a construção tinha uma função militar e financeira e atualmente tem uma função meramente cultural, sendo propriedade do Estado Português. A Torre de Belém é considerada Património Nacional e está classificada como Monumento Nacional desde o ano de 1907. Além dessa classificação, o edifício é ainda considerado Património da Humanidade segundo o critério C desde o ano de 1983 e Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, designada por UNESCO, desde 1983. No ano de 2007 foi eleita como uma das Sete Maravilhas de Portugal.
Com o passar do tempo, a Torre foi perdendo a sua principal função que era a defesa da barra do Rio Tejo e a partir da ocupação Filipina os antigos paióis foram substituídos por masmorras. A Torre de Belém tem quatro pisos e neles se mantêm até aos dias de hoje a Sala do Governador, que se encontra no primeiro andar, a Sala dos Reis, com um teto elíptico e fogão ornamentado com meias-esferas, que se localiza no segundo piso, a Sala de Audiências no terceiro andar e a Capela que se localiza no quarto piso. Além disso existe um terraço no quinto e último piso, que possui umas características abóbadas quinhentistas. Também conhecida como Torre de São Vicente, a Torre de Belém faz parte de uma formação de defesa da bacia do Tejo que foi mandada construir por João II de Portugal e faziam parte do conjunto a Torre de São Sebastião da Caparica, do ano de 1481 e a oeste a Torre de Santo António de Cascais, do ano de 1488.
O nacionalismo inerente à construção da Torre de Belém é notório visto que o monumento é rodeado por decorações do Brasão de Armas de Portugal e inclui inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte. Estas caraterísticas fazem parte da época arquitetónica típica da altura em que o país era uma potência global da Idade Moderna. O arquiteto responsável pelo projeto do edifício foi Francisco de Arruda que deixou características arquitetónicas no edifício, em conjunto com as do mestre Diogo de Boytac, que resultaram na inserção de influências mediterrânicas e nórdicas góticas assim como manuelinas.
Características da Torre de Belém
O monumento é um reflexo de influências islâmicas que caracterizam o Estilo Manuelino e que marcam o fim da tradição medieval das torres de menagem (a estrutura central e um castelo medieval) e ensaia um dos primeiros baluartes para artilharia no país. Exteriormente a Torre de Belém contem elementos como cordas, nós esculpidos em pedra, galerias abertas, torres de vigia, as ameias em forma de escudos que são decorados com esferas armilares, a cruz da Ordem de Cristo e elementos de índole naturalista alusivos às navegações. O interior da Torre de Belém é em estilo Gótico e estrutura quadrangular elevada em cinco pisos, se contar o Terraço da Torre, no último e quinto andar. A nave do baluarte é de estrutura poligonal, ventilada por um claustrim que abre dezasseis canhoneiras para tiro rasante de artilharia.