O Palácio Nacional de Mafra é um monumento que se localiza no concelho de Mafra, em Portugal, que atualmente tem uma função religiosa, cultural, militar e administrativa e cujo estilo dominante é o estilo barroco. A construção do palácio começou a ser feita no ano de 1717.
O Palácio Nacional de Mafra é um monumento que se localiza no concelho de Mafra, que por sua vez pertence ao distrito de Lisboa, em Portugal, e que se localiza a cerca de 25 km de distância da cidade de Lisboa. O palácio é constituído por um palácio e um mosteiro monumentais, em estilo predominantemente barroco joanino e a sua construção começou no ano de 1717 através do desejo do rei D. João V, Rei de Portugal através de uma promessa que tinha feito. O Palácio Nacional de Mafra foi construído sob direção do arquiteto João Frederico Ludovice e pelo engenheiro Manuel da Maia, inicialmente cumpria uma função religiosa, como convento masculino da Ordem de São Francisco e como residência da família real. Atualmente está classificado como Monumento Nacional, é propriedade do Estado Português e cumpre uma função religiosa, como igreja paroquial, uma função cultural, como museu, uma função militar, como quartel e também uma função administrativa, como câmara municipal. Em 2007 foi eleito como uma das «7 Maravilhas de Portugal».
Constituição do Palácio Nacional de Mafra
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Basílica:
A basílica do Palácio Nacional de Mafra é uma obra de dimensões alargadas que num só edifício reúne uma igreja, um convento e um palácio. É a obra maior que foi feita durante o reinado de D. João V no chamado período joanino. Foi construída com o dinheiro vindo do Brasil e estava destinada à Ordem de São Francisco, para um total de 13 frades que rapidamente se alargou para 40, 80 e acabou por ser pensado para 300 frades. Na basílica encontram-se obras artísticas significativas do século XVIII entre artistas como Masucci, Giaquinto, Trevisani ou Battoni. As obras escultóricas estendem-se por toda a basílica e a cerimónia de sagração da basílica foi feita no dia do 41º aniversário do rei embora as obras ainda estivessem inacabadas. O interior da basílica é coberto de mármore e está equipado com seis órgãos do século XIX. O átrio da basílica encontra-se decorado com esculturas italianas.
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Palácio:
Segundo as informações que chegaram aos dias de hoje, a construção do palácio de Mafra foi feita porque o rei D. João V quis pagar uma promessa feita aquando o nascimento da princesa Dona Maria Bárbara. O palácio, que servia para acolher a família real portuguesa tinha uma farmácia com belos potes para medicamentos, alguns instrumentos cirúrgicos, tinha o hospital que conseguia albergar 16 pessoas com uma capela adjacente onde os pacientes conseguiam assistir à missa sem sequer saírem das suas camas. No andar de cima do palácio encontravam-se as salas do edifício, a todo o comprimento da fachada ocidental onde existiam os aposentos da rainha e do rei, cada um na sua extremidade, separados por cerca de 230 metros de distância.
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Carrilhões do palácio
Os carrilhões do palácio situam-se um em cada extremo do palácio e foram mandados fabricar na Antuérpia e em Liège, por ordem do Rei João V. Os dois carrilhões têm um total de 98 sinos, são os maiores carrilhões feitos no século XVIII em todo o mundo e cada um deles consegue alcançar a amplitude de carrilhão de concerto por chegarem a uma amplitude de quatro oitavas. Os carrilhões foram construídos por dois fundidores dos Países Baixos, de nome Willelm Witlockx e por Nicolaus Levache. Estes carrilhões possuem também o maior conjunto de sistemas de relógios e de cilindros de melodia que trabalhem de forma automática, ou seja, são um marco mundial para o estudo quer da música quer da relojoaria.
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Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra
A biblioteca do Palácio Nacional de Mafra é um dos maiores tesouros do monumento e também da história e da cultura em Portugal. Toda a sala da biblioteca é em estilo rococó e o chão destaca-se por ser em pedra mármore. A biblioteca conta com uma coleção de mais de trinta e seis mil exemplares de várias obras literárias com encadernações gravadas a ouro. Entre essas obras encontra-se uma segunda edição da obra «Os Lusíadas», de Luís de Camões e o espaço da biblioteca aglomera áreas de estudo diversas entre elas a área da medicina, da farmácia, da história e da geografia, das viagens, da filosofia, da teologia, do direito canónico, do direito civil, da história natural, da matemática, física, literatura, entre outras áreas. A zona destinada à biblioteca do palácio situa-se ao fundo do segundo piso, é a estrela do edifício e foi desenhada por João Frederico Ludovice sendo que as estantes são um projeto de autoria de Miguel Caetano de Sousa. A sala tem 88 metros de comprimento, 9.5 metros de largura e 13 metros de altura. Destaca-se o pavimento em mármore de cor rosa, cinza e branco, as estantes de madeira em estilo rococó, separadas por um varandim com milhares de obras, algumas verdadeiras jóias da literatura. Uma das coisas curiosas que caracteriza a biblioteca é o facto de existirem morcegos na sala, o que contribui para a preservação das obras.