Situada na freguesia de São Martinho das Amoreiras, concelho de Odemira e distrito de Beja, a Necrópole do Pardieiro tem a sua origem na Idade do Ferro.
Esta Necrópole é composta por doze monumentos funerários de planta sub-rectangular e colocados justaposta-mente, sendo dois deles impossíveis de escavar devido à sua localização (por baixo das raízes de um sobreiro).
Esta achado arqueológico ocorreu no ano de 1971, aquando da campanha arqueológica levada a cabo na região pelo Doutor Caetano de Mello Beirão e Virgílio Hipólito Correia. Este trabalho teve inicio devido ao achado de uma estela epigrafada com a escrita da primeira Idade do Ferro a Sul da Península Ibéria, escrita essa conhecida como escrita do Sudoeste.
Estes monumentos arqueológicos que tinha como objectivo a sepultura funerária foram encontrados cobertos por pedra seca, que cobria as sepulturas constituídas por fossas escavadas no xisto, encontrando-se muitas vezes as suas coberturas bem trabalhadas e decoradas e com a chamada escrita do Sudoeste.
Neste local foram ainda encontradas oferendas funerárias votivas, sendo de destacar: colares de contas de vidro e âmbar, pingentes de Ágata (pedra preciosa), duas estelas decoradas, três lápides epigrafadas, armas de ferro e algumas peças de cerâmica.
No ano de 2001 deu-se as primeiras obras de restauro e conservação deste local, sendo apenas no ano de 2007 que se deu extrema importância ao achado e se deu alguma valorização ao mesmo, criando as condições necessárias de protecção e possibilitando as visitas ao mesmo, sendo por essa altura que se encontrou uma 13ª sepultura.
A sua abertura ao público ocorreu no ano de 2008.