Fortaleza de Sagres

Apresentação da Fortaleza de Sagres que se localiza no Algarve, em Portugal

A Fortaleza de Sagres localiza-se em Sagres, no Algarve, e foi durante séculos o principal local de guerra de um sistema marítimo estratégico de Portugal. É a zona de cruzamento de rotas entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, porto de pesca e porto de comércio entre várias nações e nos dias de hoje pode ser visitada pelo público.

Fortaleza de Sagres

A Fortaleza de Sagres é um local e infraestrutura que é também conhecida como Castelo de Sagres ou mesmo por Forte de Sagres e que se localiza na Ponta de Sagres, a ponta mais a sudoeste de Sagres, no Algarve, em Portugal. A Fortaleza de Sagres possui uma falésia escarpada e é por isso considerada como uma continuação e prolongamento humano do rochedo natural que se encontra naquela zona e que foi durante muitos séculos o principal local que servia como praça de guerra do sistema marítimo estratégico de Portugal. Era também uma zona que servia várias nações, pescadores, comerciantes e constitui a zona de cruzamento entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico. Integra o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e apresenta uma biodiversidade a nível da fauna e da flora, tais como o porro-bravo, a erva-divina, o pampilho-marítimo, o perrexil-do-mar, o zimbreiro, a malva, o esparto e o narciso-das-areias, que podem ser visitada pelo público nos dias de hoje.

Características da construção e renovação da Fortaleza de Sagres ao longo do tempo

Igreja de Nossa Senhora da Graça

Igreja de Nossa Senhora da Graça

A construção da fortaleza constitui até aos dias de hoje uma das maiores áreas de menires e construções megalíticas da Europa e o promontório de Sagres, assim como as vilas adjacentes, as vilas de São Vicente e Sagres foram doadas em outubro do ano de 1443 pelo regente D. Pedro ao seu irmão, o Infante D. Henrique. A Vila de Sagres, que estava completamente abandonada e em ruínas foi a partir daí reconstruída e repovoada. Na reconstrução da Vila o Infante D. Henrique obedeceu a alguns pressupostos base tais como:

– As questões logísticas do local por parte de embarcações, mantimentos, marinheiros e etc que se movimentavam na primeira fase da Era dos Descobrimentos Portugueses

– A comodidade no controlo do tráfego marítimo uma vez que a fortaleza e a vila de Sagres eram (e são) um ponto de passagem obrigatório de todas as embarcações que cruzavam o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico e vice-versa

– A necessidade que as embarcações tinham em se abrigar dos ventos nas enseadas vizinhas enquanto aguardavam os ventos que eram favoráveis à navegação dos barcos

– A segurança e o isolamento necessários no espaço para que não se perdessem informações que envolviam o processo de expansão português da época.

A Fortaleza de Sagres tornou-se o núcleo forte da expansão marítima portuguesa, recebia estudiosos e navegadores importantes oriundos de todas as partes do mundo, de várias nacionalidades e que se reuniam através do Infante D. Henrique na chamada Escola de Sagres, isto durante o século XIV. A partir do ano de 1560, ano em que veio a falecer o Infante, o eixo de expansão moveu-se para Lisboa e a fortaleza de Sagres foi gradualmente perdendo importância, no entanto tanto D. Manuel e D. Sebastião decidiram intervir e não só formar a freguesia de Sagres como também mandar edificar a igreja matriz, datada do ano de 1512. Já D. Sebastião adossou dois baluartes nos dois extremos da muralha que já existia na fortaleza e que eram elementos muito importantes para a segurança do local e para o funcionamento militar, sendo que foram colocados em locais que otimizavam o tiro cruzado. Depois da reforma que D. Sebastião fez na fortaleza também D. Filipe I de Portugal mandou construir uma torre/torreão central no interior da fortaleza que permitisse a ligação com a porta de entrada através de um túnel sendo que a torre iria servir como plataforma de artilharia e assim otimizar a capacidade defensiva da estrutura da fortaleza.

A Fortaleza de Sagres tem, a partir do exterior um pequeno bastião quadrangular que tem a função de assegurar a primeira linha de defesa, uma muralha de alvenaria em pedra encimada com ameias, dois baluartes cada um em cada extremidade da muralha, e no interior a fortaleza disputa da Praça de Armas e da Igreja de Santa Maria. A estrutura da fortaleza foi abalada pelo tsunami causado pelo Terramoto de 1755 e mais tarde foi reconstruído de novo, tendo surgido várias alterações no local. A Fortaleza está classificada como Monumento Nacional e voltou a ser alvo de obras entre 1950 e 1960 e encontra-se nos dias de hoje aberta ao público para que se possam apreciar as estruturas feitas, recuperadas e modernizadas tais como a muralha, o portão monumental, o terrapleno, os edifícios e a Igreja de Nossa Senhora da Graça, bem como a magnífica vista para o Oceano Atântico. A fortaleza tem ainda um centro de exposições, um centro multimédia, lojas de artigos culturais e ainda uma cafetaria.

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