O Centro Português de Fotografia, como o nome indica, é um centro onde a principal temática é a fotografia e onde existem exposições de fotografia desde o ano de 1997, o ano da sua criação. Situa-se na cidade do Porto, no edifício que serviu como prisão: a Cadeia da Relação.
O Centro Português de Fotografia foi fundado quando decorria o ano de 1997 e as primeiras exposições de fotografia aconteceram em dezembro do mesmo ano, quando ocorreu a inauguração das mesmas. O Centro Português de Fotografia está instalado no edifício que serviu como prisão, a Cadeia da Relação do Porto, e situa-se mesmo no centro histórico da cidade do Norte de Portugal, no Campo dos Mártires da Pátria, junto à emblemática Torre dos Clérigos – outro dos pontos de maior interesse para os visitantes e turistas que vão até à cidade da invicta. As exposições de fotografia aconteceram no rés-do-chão do Centro Português de Fotografia desde a época em que foi fundado até ao mês de dezembro do ano de 2000. No ano de 2000 o edifício encerrou para assim começarem de novo as obras de renovação do espaço, que tinham sido começadas ainda antes de o edifício da Cadeia da Relação acolher o novo espaço para se instalar o Centro Português de Fotografia. Como o Centro Português de Fotografia tinha necessidades especiais em relação ao espaço, para realizar as exposições, os eventos, conferências etc…foi necessário adaptar o espaço existente à nova realidade para o qual iria cumprir funções e como tal tiveram que ser começadas obras de renovação. O projeto da renovação do edifício esteve a cargo de dois arquitetos: Humberto Vieira e Eduardo Souto Moura, um conhecido arquiteto português que participa em variados projetos de obras nacionais e não só, em particular na cidade do Porto tais como a Biblioteca Infantil e o Auditório para a Biblioteca Pública Municipal do Porto, a reconversão da Alfândega do Porto em Museu dos Transportes e das Comunicações, projeto de arquitetura para o Metro do Porto, Casa do Cinema Manoel de Oliveira, também no Porto e outras obras importantes também no norte e por todo o país. Depois de feitas as obras, a Cadeia e o Tribunal da Relação do Porto reabriu de novo no ano de 2001 mas já como sendo o edifício que alberga o Centro Português de Fotografia.
Ressurgiu no ano de 2007 sob tutela direta da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e tem como principais atribuições promover o conhecimento e fruição do património fotográfico existente e do qual o Centro é proprietário. O Centro Português de Fotografia pretende ainda promover e salvaguardar a valorização do património de arquivo e fotográfico, proceder ao tratamento de arquivo das várias espécies de material que possuiu e além disso tem vindo também a fomentar a pesquisa, investigação e tratamento de informação relativa ao tema da fotografia e também permite acesso alguns documentos fotográficos importantes e históricos. O Centro Português de Fotografia tem ainda a seu cargo a conservação e gestão da Coleção Nacional de Fotografia que é um conjunto único de documentos fotográficos de elevada importância e interesse a nível nacional e que pode ser consultado no Centro. Além dessa coleção, o Centro Português de Fotografia tem ainda um programa anual de atividades e eventos que realiza no espaço onde está instalado e que podem ser de caráter temporário, num Núcleo Museológico permanente que inclui uma rara e valiosa coleção de câmaras fotográficas, uma biblioteca especializada no tema fotográfico onde também existem serviços de consulta para visitantes e reprodução de vários géneros, uma loja e um serviço de visitas guiadas ao edifício e às exposições que lá se encontram que é feito de forma gratuita mas sob sistema de marcação feita previamente.
Em suma, o Centro Português de Fotografia foi fundado sob o parecer do ministro da Cultura da altura, Manuel Maria Carrillo, numa altura em que a cultura fotográfica se estava a acentuar em Portugal e que começaram a aparecer escolas de fotografia, festivais e galarias que recuperavam os fotógrafos que tinham sido afastados na época da ditadura em Portugal. O edifício foi ocupado pelo CPF em 2001 depois das obras de reconstrução do espaço, que foi adaptado à nova função e em 2007 surgiu a Direção-geral de Arquivos com sede em Lisboa, que começou a tutelar o Centro Português de Fotografia. Mais tarde deu-se a fusão entre Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas com a Direção-Geral de Arquivos e como tal o CPF sou a fazer parte desta nova estrutura.