A Capela dos Ossos é um monumento nacional português localizado na cidade de Évora, na Região do Alentejo, em Portugal Continental, e que é um dos símbolos e elementos mais conhecidos de toda a cidade de Évora. O estilo arquitetónico dominante no edifício da Capela dos Ossos é o estilo Gótico.
A Capela dos Ossos é um monumento nacional de origem portuguesa que se localiza na cidade alentejana de Évora, uma cidade que é sede de concelho com o mesmo nome e também capital de distrito, que se situa na região do Alentejo e na sub-região do Alentejo Central, em Portugal Continental. A Capela dos Ossos de Évora é um espaço religioso e museológico que está situada na Igreja de São Francisco, uma igreja de estilo gótico e manuelino, que foi construída entre os anos de 1480 e o ano de 1510 e onde foi sepultado Gil Vicente, no ano de 1536. A Capela dos Ossos é um dos ex-libris da cidade de Évora e foi construída durante os séculos XVI e durante o século XVII no local onde se instalava o dormitório dos frades, na Igreja de São Francisco. A Capela foi construída por desejo e iniciativa por parte de três frades franciscanos que queriam criar um espaço onde fosse possível os frades refletirem de forma mais intensa sobre a brevidade da vida humana. Desta maneira surgiu a Capela dos Ossos, que é uma capela e um local constituído por ossadas que são provenientes das sepulturas da igreja do convento e também de outras igrejas e cemitérios da cidade de Évora.
Características da Capela dos Ossos de Évora
As paredes da Capela dos Ossos e parte das abóbadas da capela estão revestidas por centenas senão milhares de ossos de seres humanos que ilustram o objetivo principal e a ideia dos monges fundadores da capela, que têm expresso na frase que encima o pórtico da própria capela: «Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos». A frase inscrita no pórtico está ligada com a intenção que os monges franciscanos tiveram a construir a capela, numa época em que se vivia contra reforma religiosa de acordo com as regras normativas do Concílio de Trento. A capela tem ainda uma grande quantidade de estátuas de carácter religioso, algumas pinturas de estilo renascentista e de estilo barroco, que estão patentes nas capelas e nas restantes dependências que se mantêm até aos dias de hoje. A questão da construção da capela também serviu para concentrar as ossadas dos quarenta e dois cemitérios monásticos que existiam na cidade de Évora. Assim, foi decidido que se iriam retirar os esqueletos da terra e usá-los para servirem como decoração daquela que hoje é a tão emblemática Capela dos Ossos de Évora.
A Capela é constituída por três naves de cerca de dezoito metros de comprimento e com onze metros de largura, as paredes e os oito pilares que a formam estão ornamentados com ossos e crânios ligados com cimento pardo, a parte das abóbadas da Capela são feitas em tijolo rebocado a branco e têm pinturas com motivos relacionados à morte humana. As arcarias da Capela são ornamentadas com filas de caveiras, cornijas e naves em branco. Os ossos usados para decorar a capela são crânios, vértebras, fémures entre outros ossos e a capela era dedicada ao Senhor dos Passos, uma imagem que era conhecida na cidade alentejana de Évora como Senhor Jesus da Casa dos Ossos que era uma imagem que chocava muito pois representava o sofrimento de Cristo na sua caminhada com a cruz até ao calvário. A Capela dos Ossos de Évora sofreu mudanças na sua estrutura original no ano de 2014 e de 2015 (entre julho e outubro dos dois anos) quando foi avaliada num total de três milhões e meio de euros e quando foi feita uma restauração e conservação dos danos que tinham acontecido com o passar dos tempos. Na altura foi ainda construído um museu de arte sacra e um outro espaço para exposições de carácter temporário.