O que é o Lamaísmo
O termo Lamaísmo é a designação dada ao budismo tibetano ou vajrayana e compreende numerosas seitas de cariz diverso, sendo as principais as escolas Nyingma, Kagyu, Gelug (escola de que faz parte o Dalai Lama) e Sakya. O termo Lamaísmo foi dado pelos europeus para o distinguir do budismo indiano por ser mais místico e mágico do que este último, e tem origem na palavra tibetana Lama que significa ‘mestre’ e que designa os monges tibetanos hierarquicamente superiores. Esta é, contudo uma designação utilizada apenas no ocidente dado que os orientais não reconhecem qualquer distinção entre o budismo tibetano e o budismo indiano, nem sequer esta religião tenha tido origem nos Lamas.
Os primórdios do Lamaísmo remontam ao século VII quando o rei Sron-Tsau-Gan-po introduziu o budismo na sua vertente vajrayana no Tibete. No início, houve grande resistência das populações locais mas, nos finais do século, o missionário hindu Padmasambhava consegue fundir o hinduísmo e o budismo vajrayana dando origem ao Lamaísmo.
O Lamaísmo segue o pensamento Mahayana ou Maaiana, caracterizando-se pelo seu cariz profundamente místico, pela ênfase colocada no relacionamento entre alunos e lamas, e pelo emprego de práticas de meditação sob a forma de rituais complexos, onde são recitados os Saddhanas, efetuadas visualizações mentais de imagens e tocados instrumentos musicais. O Lamaísmo é também conhecido pela forte tradição nas artes, em especial na criação de elaboradas pinturas e esculturas.