Cérbero

Cérbero foi um cão de três cabeças, pertencente à mitologia grega. Era responsável por guardar a entrada do mundo dos mortos.

Cérbero era na mitologia grega um cão de três cabeças de proporções monstruosas, responsável por guardar a entrada do mundo inferior de Hades. Ele permitia que as almas dos mortos entrassem no mundo subterrâneo, mas que jamais saíssem. Cérbero ainda despedaçava os mortais vivos que tentavam se aventurar por lá.

O famoso cão de três cabeças era filho do gigante Tifão e da giganta Equidna. Cérbero era irmão de outras criaturas famosas, como a Hidra de Lerna e Ortros. Ele teve uma relação com a Quimera, cujos descendentes foram a Esfinge e o Leão de Nemeia.

Cérbero, no entanto, nem sempre apareceu na mitologia com a forma como é descrito. Em todas as variantes de seu mito ele é guardião das portas do Tártaro e impede que as almas saiam de lá ou que os vivos tentem entrar. Dizia-se que ele era festivo a todas as almas que queriam entrar, dócil e adorável. Quando havia tentativas de sair, ele se tornava uma besta feroz. Apenas Odisseu, Eneias, Psiquê, Orfeu e Héracles conseguiram sair de lá com vida.

cérbero

Nem sempre Cérbero é descrito como um cão de três cabeças. Em algumas vezes o descrevem como possuidor de muitas cabeças, embora a mais comum das vertentes seja representa-lo como tricéfalo. A cauda por vezes é de cão, mas pode aparecer descrita como de uma serpente ou de um dragão.

Em determinadas versões de seu mito, ele é capaz de cuspir fogo ou possui serpentes ligadas às cabeças ou ao tronco que fazem isso por ele. Para aplacar a fúria desmedida de Cérbero, os mortos residentes no submundo davam-lhe de comer as comidas deixadas por seus parentes vivos em seus túmulos.

De acordo com a crença dos gregos, após a morte todas as almas se dirigiam ao reino de Hades, o submundo, onde o deus reinava ao lado da esposa Perséfone. O submundo ficava abaixo da terra, cercado de muitos rios, que só podiam ser cruzados por quem estava morto.

Os mortos na crença dos gregos antigos conservavam a forma humana, mas não possuíam corpo. Eles vagavam pelo reino de Hades, mas poderiam aparecer no mundo humano em seus túmulos. Ao morrer, a alma do indivíduo era transportada na barca de Caronte, a quem se devia pagar uma moeda para cruzar o rio Aqueronte e chegar ao reino dos mortos. O acesso ao Hades se devia passar por uma porta de diamantes guardada por Cérbero.

Cérbero e Héracles

Héracles ficaria apenas mais um ano a serviço do rei Euristeu. Esse, preocupado, ordenou que o décimo segundo e último trabalho do semideus fosse descer ao reino de Hades e trazer o cão Cérbero. Tanto o rei quanto o próprio herói duvidavam de que fosse possível realizar essa perigosa missão. Héracles, então, fez grandes sacrifícios aos deuses, pedindo auxílio.

Atena e Hermes se apresentaram para ajudar o herói. Eles o guiaram até a entrada da caverna que levavam aos portões do submundo. Cérbero começou a uivar, chamando a atenção de Hades, que se admirou de ver um mortal acompanhado por uma deusa e um deus, questionou o que faziam ali.

Héracles pediu a Hades que lhe permitisse levar o cão consigo, para cumprir as ordens de Euristeu e finalmente se libertar de seus impossíveis trabalhos. O deus concordou, desde que o herói conseguisse carregar a criatura nos ombros e prometesse devolvê-la sem qualquer tipo de ferimento.

O semideus não se importou com as três enormes bocas repletas de dentes do cão e levantou o animal nos ombros. Cérbero mordeu, rosnou e se debateu durante todo o caminho para fora da caverna e até Micenas. Euristeu, ao ver a temível criatura, se escondeu e mandou dizer a Héracles que nunca mais aparecesse ali. Liberto de seus trabalhos, o herói devolve o cão a Hades, conforme prometido.

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References:

https://www.britannica.com/topic/Cerberus

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