Apresentação da Parábola “Administrador Infiel”
A parábola do “Administrador Infiel“, ou do “Administrador Astuto“, apresentada no Evangelho de São Lucas (Lc 16, 1-13) do Novo Testamento, é uma parábola dirigida por Jesus aos seus discípulos: sendo eles futuros administradores do Reino de Deus, não poderão ser infiéis, devendo antes ser prudentes.
A parábola conta a história de um administrador que é acusado de dissipar os bens ao seu amo. Confrontado com a situação de despedimento, o administrador chama os devedores do seu amo e reduz-lhe a dívida com o objectivo de que algum deles o receba quando o seu amo o desapossar da sua administração.
São várias as interpretações desta parábola: um delas destaca a atuação desonesta do administrador, que prejudica o seu amo em benefício próprio; a outra coloca a ênfase na astúcia do administrador a age com prudência relativamente ao seu futuro. O certo é que, dada a distância de 2 mil anos entre a escrita da parábola e os dias de hoje, leva a que a falta de contextualização dificulte a sua interpretação.
Texto Bíblico
1 Jesus dizia aos discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por lhe esbanjar os bens. 2 Então chamou-o e disse-lhe: ” Que é isto que ouço contar a teu respeito? Prestas contas da tua administração, porque não podes continuar a ser meu administrador”. 3 Então o administrador começou a refletir: “O senhor vai tirar-me a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4 Ah! Já sei o que vou fazer quando me afastarem da administração”. 5 E começou a chamar um por um os que deviam ao seu senhor. Perguntou ao primeiro: “Quanto deves ao meu patrão?” 6 Ele respondeu: “Cem talhas de azeite!” O administrador disse: “Pega na tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta”. 7 Depois perguntou a outro: “E tu, quanto deves?” Ele respondeu: “Cem sacas de trigo”. O administrador disse: “Pega na tua conta e escreve oitenta”». 8 E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque agiu com esperteza. De facto, os que pertencem a este mundo são mais espertos, no trato com os seus semelhantes, do que aqueles que pertencem à luz.
9 E Eu declaro-vos: «Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, e assim, quando o dinheiro faltar, os amigos receber-vos-ão nas moradas eternas. 10 Quem é fiel nas pequenas coisas, também é fiel nas grandes; e quem é injusto nas pequenas, também é injusto nas grandes. 11 Por isso, se não sois fieis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? 12 E se não sois fieis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? 13 Nenhum empregado pode servir a dois senhores; porque, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».
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