Ordem de Santo Agostinho

A Ordem de Santo Agostinho é uma das mais importantes e influentes ordens religiosas católicas.

Definição da Ordem de Santo Agostinho:

A Ordem de Santo Agostinho segue os ensinamentos de Santo Agostinho, um dos mais influentes teólogos e filósofos do cristianismo primitivo, Bispo na cidade de Hipona, província romana do Norte de África. Os membros desta ordem monástica são denominados agostinhos ou agostinianos. Tanto sacerdotes ordenados, como fraudes que apenas fizeram votos de vida religiosa, integram a Ordem de Santo Agostinho. As ordens religiosas são uma peça central da estruturação do cristianismo.

A origem, desta ordem religiosa remontam a 16 de Dezembro de 1243, quando o Papa Inocêncio IV decretou, a Bula papal que ordenava a união das diversas comunidades de ermitas da Toscana numa só ordem religiosa, que seguia os ensinamentos de Santo Agostinho.

O Ermita foi uma figura central tanto no cristianismo primitivo, como no catolicismo medieval. Os Ermitas isolavam-se de toda a vida quotidiana, dedicando-se exclusivamente ao pensar e vida religiosa. A queda do Império Romano do Ocidente em 476 provocou inúmeras alterações na vida religiosa. Até então a religião tinha um papel central na vida quotidiana das populações, a partir de 476 e gradualmente ao longo dos séculos, a religião neste caso o catolicismo foi, tornando-se o foco central da sociedade, inclusivamente em termos políticos, esbatendo a fronteira entre religião e politica.

Os Ermitas deixaram de viver sós, viviam em pequenas comunidades que assemelhavam-se à vida monástica. A grande popularidade que estas comunidades gozavam na época, rivalizava com a autoridade papal. De forma a condicionar e controlar estas comunidades, vários papas incentivaram a criação de ordens religiosas que aglomeravam diversas destas comunhões.

Os Eremitas de Santo Agostinho da Túxia e os Eremitas de Brettino, na época, eram das mais influentes comunidades monásticas em Itália, por decisão papal tiveram que fundir-se com outras comunidades menores e entre si.

Em Março de 1256, e após alguma contestação destas comunidades, numa reunião com o representante do Papa Alexandre IV, Cardeal Ricardo Annibaldi, os ermitas aceitaram a formalizaram a constituição da Ordem de Santo Agostinho.

Em termos práticos, a vida quotidiana destes frades não alterou muito, na sua generalidade já seguiam os ensinamentos de Santo Agostinho, o que alterou foi o seu papel, anteriormente libertos da autoridade da Santa Sé, passaram a responder directamente ao papado, perdendo assim a independência. Esta perda de independência resultava, numa diminuição de influência junto da comunidade, de decisão relativamente à vida monástica, e aumento das contribuições financeiras a Roma.

A grande alteração ao estilo de vida dos frades, foi a deslocação da comunidade de regiões mais remotas e isoladas para as cidades, edificando mosteiros, assim podiam catequizar e confessar as populações segundo os ensinamentos de Santo Agostinho.

Em termos estruturais, a Ordem de Santo Agostinho é dividida em diversos ramos:

  • Religiosas Agostinianas;
  • Agostinianos Eremitas;
  • Ordem dos Agostinianos Recoletos;
  • Congregação dos Agostinianos da Assunção;
  • Cónegas de Santo Agostinho;
  • Agostinianas da Assunção;
  • Ordem dos Agostinianos Descalços;
  • Cónegos Regulares de Santo Agostinho.

Actualmente a Ordem de Santo Agostinho centra-se essencialmente na América Latina, onde desempenha um papel na educação e na prestação de assistência social.

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References:

LEBRUN, François; As grandes datas do cristianismo, Editorial Notícias, 1992

BERLIOZ, Jacques; Monges e Religiosos na Idade Média, Terramar, 199

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