O Natal é uma festividade associada aos cristãos que evoca o nascimento de Jesus de Nazaré que afirma ser o Messias ou o Cristo, personagem central do cristianismo. Associado ao Natal existe a montagem de um presépio que evocam as circunstâncias do nascimento de Jesus conforme explicada na Bíblia (o nascimento deu-se numa manjedoura, com a presença de animais). Além disso, para muitos é apenas um período para passar tempo com a família e os amigos. Dependendo do país que celebra o Natal, e da época do ano, existem vários costumes ligados ao Natal, mas este artigo servirá para explicar quais são as raízes dos costumes comuns do Natal.
A Bíblia é clara em explicar que Jesus Cristo, no momento da sua morte tinha 33 anos e meio. Isso aconteceu no início da primavera do ano 33 EC, na época da Páscoa judaica. Quer isto dizer que se andarmos seis meses para trás chegaremos ao princípio do outono, e não ao mês de Dezembro. Essa é a única maneira de nós sabermos a época em que Jesus nasceu. Além disso, aquado do seu nascimento relata-se que um grupo de pastores estava no campo com ovelhas. É extremamente improvável que isso tenha acontecido no rigoroso inverno da Palestina.
No entanto, o conjunto de hábitos enraizados do Natal lembra muito as celebrações pagãs das saturnais de Roma, o aniversário natalício do invencível Sol, que ocorriam no mês de Dezembro.
Os dias cada vez mais curtos de dezembro no hesmisfério norte criavam um pânico supersticioso entre os adoradores do Sol, que temiam que seu deus estivesse a morrer. Então, acendiam velas e fogueiras para ajudar a reviver a deidade doente. Parecia funcionar. Após o solstício de inverno de 21 de dezembro, o deus-sol parecia recuperar a sua força à medida que os dias tornavam-se mais compridos.
“Dezembro era o principal mês de celebrações pagãs, e 25 de dez. era o ponto culminante das festas de inverno”, explica o tablóide Church Christmas Tab. “Alguns crêem que o bispo de Roma escolheu 25 de Dezembro como a data de nascimento de Cristo a fim de santificar as celebrações pagãs. O que resultou foi uma estranha mistura dos festivais pagãos e cristãos que o mundo agora chama de Natal.” O artigo admite: “A palavra ‘Natal’ não aparece na Bíblia. E as Escrituras não ordenam celebrar o nascimento de Jesus.”
O jornal The Chicago Tribune, em dezembro de 1992, disse numa reportagem de primeira página: “Ironicamente, a festa que os cristãos agora se queixam de que foi inundada pelo comercialismo tem as suas raízes numa festividade pagã que foi tomada pelo cristianismo. A primeira comemoração registada do Natal como nascimento de Jesus Cristo foi mais de 300 anos depois desse evento. No 4.° século, o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e, crêem os eruditos, os cristãos fixaram 25 de Dezembro como data do nascimento de Jesus para coincidir com uma celebração já praticada pelos não-cristãos.
“‘Em vez de combater as festas pagãs, eles decidiram participar nelas e tentar substituí-las’, disse o professor da Universidade de Utah (EUA) Russell Belk. ‘As festas pagãs substituídas pelo cristianismo foram as celebrações romanas das saturnais — que eram celebrações carnavalescas com troca de presentes — e mais tarde as celebrações do Yule (Natal) na Inglaterra e na Alemanha em comemoração do solstício de inverno’, disse Belk.
“A popularidade do Natal teve altos e baixos no decorrer dos séculos. Foi banido por algum tempo na Inglaterra e na América pelos puritanos que objetavam à sua frivolidade. Mas, em meados dos anos 1800, ‘o Natal estava em dificuldades, diminuindo em popularidade’. Segundo o mesmo Belk, os líderes religiosos deram boa acolhida a uma injeção de comércio, via troca de presentes e o Pai Natal para revitalizar a festa.
“Essa revitalização, foi em grande parte creditada ao autor inglês Charles Dickens, cuja obra ‘Canção de Natal’, de 1843, apresentava o regenerado personagem Scrooge (O Avarento) que transformou-se num generoso presenteador.”
Árvore de Natal
O livro The Christmas Star diz: “O mais óbvio é o uso de plantas verdes, que simbolizam a vida numa época de escuridão e frio. ‘A planta verde mais em evidência é a árvore de Natal’. ‘E os europeus do norte celebravam o solstício na floresta; eles adoravam árvores. De modo que a árvore de Natal é realmente um retorno à adoração de árvores nos períodos pré-históricos.’”
“Também, o que é que se coloca nessas árvores? Luzes. Luz lembra o Sol e simboliza o Sol. É para o renascimento do Sol e o retorno da luz depois do solstício. Em toda a parte, as principais coisas envolvidas nas celebrações do solstício são luz e plantas verdes.”
Presentes
Os antigos romanos trocavam presentes como parte de sua festa de adoração do Sol, as saturnais.