Distocia de Ombros
Autor: Ana Filipa Heleno Lemos de Sousa
Orientador: Maria Antónia Moreira Nunes da Costa
Mestrado Integrado em Medicina – Obstetricia
Faculdade de Medicina
Universidade do Porto
(Localização: Repositório Aberto da Universidade do Porto)
Resumo
Introdução: A distocia de ombros (DO) representa uma das emergências obstétricas com maior impacto na morbimortalidade materna e neonatal. O objectivo deste trabalho consistiu na revisão sistemática da evidência científica acerca deste tema, no que respeita a dados epidemiológicos, definição, factores de risco, conduta obstétrica e, finalmente, complicações quer maternas quer neonatais.
Material e métodos: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica na base de dados da PUBMED. Os critérios de selecção estabelecidos foram: artigos em língua inglesa e portuguesa com as seguintes palavras-chave:“shoulder dystocia”, publicados até 31/12/2009 e até nível de evidência III.
Resultados: Obtiveram-se um total de 46 artigos, 20 de nível de evidência I, 18 de nível evidência II e 8 de nível de evidência III. A prevalência de distocia de ombros descrita varia entre 0,2% e 6,1%, sendo os factores de risco mais referidos: macrossomia fetal, diabetes, parto instrumentado e distocia de ombros prévia. As manobras obstétricas de resolução mais utilizadas são a manobra de McRoberts, pressão suprapúbica, manobra de Woods, Rubins e libertação do braço posterior. As complicações neonatais mais frequentes são lesões do plexo braquial (LPB) e facturas ósseas. A hemorragia pós-parto, lacerações perineais 4º grau e lacerações cervicais ou vaginais são as complicações maternas mais frequentemente citadas.
Conclusões: Estas manobras obstétricas correctamente realizadas podem evitar, em grande parte, sequelas permanentes no recém-nascido, assim como lesões maternas.
Palavras chave: distocia de ombros, morbimortalidade fetal, morbilidade materna.
Índice
Lista de Abreviaturas:
Introdução:
Material e Métodos:
Resultados e Discussão:
- Definição e fisiopatologia
- Epidemiologia
III. Factores de risco
III.A. .Macrossomia
III.B. .Diabetes Materna
III.C. Parto instrumentado
III. D. História prévia de distocia de ombros
III.E. Outros factores de risco
- Manobras obstétricas de resolução
IV.A. Manobra de McRoberts
IV.B. Episiotomia
IV.C. Manobra de Woods e de Rubins
IV.D. Libertação do braço posterior
IV.E. Posição de Gaskin
IV.F.Fractura da clavícula/cleidotomia
IV.G. Manobra de Zavanelli
IV.H. Sinfisiotomia
- Manobra obstétricas contra-indicadas no período expulsivo
- Morbimortalidade fetal
VI.A. Lesão do plexo braquial
VI.B. Fracturas ósseas
VI.C. Lesões neurológicas centrais
VI.D. Mortalidade fetal
VII. Morbilidade materna
Conclusão
Bibliografia
Anexos/ Quadro