Abalação por Radiofrequência no Tratamento do Osteoma Osteóide
Autor: Maribel da Rocha Gomes
Orientador: Pedro Cardoso
Mestrado Integrado em Medicina
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
Universidade do Porto
(Localização: Repositório Aberto da Universidade do Porto)
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Resumo
O osteoma osteóide é o tumor ósseo benigno mais comum, sendo por vezes necessário recorrer a outras alternativas para além do tratamento médico. A ressecção cirúrgica permite a destruição do ninho, proporcionando maior alívio sintomático, assim como as técnicas percutâneas. Estas surgiram como alternativa à cirurgia, utilizando menos recursos, provocando menos efeitos laterais e permitindo uma recuperação mais rápida. A falta de diagnóstico histológico é um dos principais desafios ao seu uso; no entanto, o diagnóstico desta patologia é essencialmente clínico e imagiológico. Entre as técnicas percutâneas actualmente disponíveis, a que mais se destaca é a ablação por radiofrequência, aplicada pela primeira vez com sucesso no tratamento desta lesão em 1992. Em Portugal, o Hospital de Santo António foi pioneiro nesta técnica, mas o seu uso ainda não está amplamente difundido. Pretende-se obter uma perspectiva geral sobre o osteoma osteóide, focando o seu tratamento e, em especial, a ablação por radiofrequência, de modo a compreender melhor os benefícios, indicações e limitações deste procedimento no tratamento do osteoma osteóide. Os dados foram recolhidos de livros de Ortopedia e artigos indexados na PubMed, preferencialmente de revisão ou originais. Apesar de não se ter limitado os anos de pesquisa, foi dada preferência aos artigos posteriores a 1992. A radiofrequência já demonstrou ser uma técnica segura e eficaz, adequada à maioria dos pacientes, possível de efectuar na maioria dos centros, de rápida execução e de baixo custo. Esta técnica apresenta significativas vantagens em relação às demais, sendo actualmente o procedimento de destruição percutânea do ninho mais aceite.
Palavras chave: Osteoma osteóide, Ablação, Radiofrequência