Emilio Pucci: o rei das cores, do estampado geométrico e do contraste.
A cor é para Emilio Pucci como o Sol para a Terra. Seja verão ou inverno os tons mais diversos e estridentes ganham vida nos desenhos de uma casa que se distinguia pela sua grande originalidade.
Emilio Pucci nasceu em 1914, descendente de uma das mais nobres famílias Italianas cujas raízes remontam ao século XIV, em Florença – Itália.
Emilio descobriu a sua paixão pela moda ao desenhar calças e peças confortáveis para realizar o seu desporto favorito, esqui. Mas os seus desenhos e o seu característico gosto pela cor, só começaram a ter uma relevante atenção, quando conheceu à fotografada Toni Frissell, que fascinada pelas suas criações de roupa para esquiar, decide encomendar-lhes algumas peças, para uma edição especial de Inverno, da revista Harper’s Bazaar, edição de Dezembro de 1948, trazendo-lhe uma grande repercussão internacional.
O design elegante de Pucci causou sensação, e a partir daí começou a receber encomendas e ofertas de fabricantes norte-americanos, para os quais produziu vários modelos, até que decidiu criar a sua própria empresa em 1950, uma casa de alta-costura no balneário de moda Canzone del Mare, na ilha de Capri.
Pucci foi impulsionado pelo desejo de libertar as mulheres, concedendo-lhes uma liberdade de movimento sem precedentes. Os seus desenhos caracterizavam-se por linhas sensuais, que fluem livre e seguem as curvas naturais do corpo. Roupa com um estilo “effortlessly” e elegante.
Emilio Pucci estava dotado de um visionário sentido estético e sentia uma grande paixão pelo sentido feminino, abordava a cor e o desenho com uma perspectiva sofisticada e feminina.
Os seus estampados geométricos e o uso de paletas de cores fortes e exuberantes, tornaram-se na imagem de marca de Emilio Pucci, a sua roupa, caracterizava-se pelo conforto, texturas e tecidos vaporosos, características e estilos, recebidos de braços abertos pela alta sociedade.
“Ele era um minimalista antes do minimalismo; um jet-setter antes jets voarem; um cientista antes de que a tecnologia dos tecidos tornar-se uma disciplina; provocante na sua modernidade e um ousado alfaiate. Para ele, os padrões eram um ritmo e um movimento, e nesses padrões, ele expressou uma mensagem de alegria contagiante. “ – Laudomia Pucci,
A sua primeira Loja na Ilha de Capri, fornecia os guarda-roupas da aristocracia sofisticada europeia e as estrelas de cinema Internacionais, como Marilyn Monroe, Jacqueline Kennedy, Lauren Bacall, Elisabeth Taylor ou Grace Kelly.
Em meados dos anos cinquenta, ele ganhou reconhecimento internacional ao receber dois prémios, o Prémio Marcus Neiman em Dallas e o Burdine’s Sunshine Award em Miami. Em 1959 Pucci criou a sua primeira linha de lingerie.
A Casa Emilio Pucci, é um reflexo de evolução, sinónimo de elegância e sofisticado do estilo de vida da alta sociedade do mediterrâneo. Uma empresa que começou como uma pequena loja em uma ilha turística e terminou com 50 boutiques espalhados ao redor do mundo (com presença em 300 países), representando a inovação, uma vez que Pucci foi uma das primeiras empresas que adoptaram um logótipo e se diversificou em outras áreas, como design de interiores, sportswear e acessórios.
Após a morte de Emílio, em 1992, sua filha, Laudomia Pucci, continuou a projectar sob o nome de Pucci. Em 2000, o grupo francês Louis Vuitton-Moët-Hennessy, LVMH, império de luxo, adquiriram 67% da Pucci e designa o estilista francês Christian Lacroix como diretor criativo da marca.
Em 2005 Christian Lacroix é sustituido por o designer británico Matthew Williamson, que se manteve á frente da marca durante três anos, depois Williamson decide salir da marca para se dedicar á sua própria marca e é substituido pelo designer Peter Dundas.
Como uma grande influência na moda contemporânea, o legado de Emilio Pucci continua a ser uma força por trás da riqueza e requinte do design e estilo “made in Italy”, do luxo Italiano.
References:
Friedman, Vanessa; Arezzi Boza, Alessandra; Chitolina, Armando – “Emilio Pucci”. TASCHEN, 2013
Gallart, Vicente. “Fórmula Pucci” – Vogue España, Edição de Março, 2003
www.emiliopucci.com