Inês de Castro (ca. 1320-1355) foi uma dama de origem galega, filha legítima do fidalgo galego D. Pedro Fernandes de Castro.
Veio para Portugal na condição de dama de companhia de D. Constança, que viajara para Portugal a fim de se casar com o infante D. Pedro.
A relação amorosa com D. Pedro começara ainda quando este estava casado com D. Constança, pois não resistira aos encantos da bela Inês. Tiveram quatro filhos, o que suscitou uma forte oposição por motivos de ordem política, moral e religiosa. Evidentemente, este conjunto de fatores, e particularmente o risco de o infante D. Fernando vir a ser afastado do trono de Portugal, fez com que D. Afonso IV, após se ter reunido com os seus conselheiros, ordenasse a execução de Inês de Castro.
Assim, aproveitando a ausência de D. Pedro, Inês foi assassinada impiedosamente na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, à frente dos seus filhos.
Mais tarde, em 1360, D. Pedro, já então rei, declarou ter casado secretamente com D. Inês. Diz-se, ainda, que mandou desenterrar Inês e colocá-la num trono, para que todos beijassem a mão daquela que foi “rainha depois de morta”. Tal tese tem sido posta em causa por diversos historiadores, mas a lenda e a literatura apossaram-se do tema, sobretudo a partir dos séculos XVII e XVIII.
Os restos mortais de Inês estão no Mosteiro de Alcobaça, onde jazem junto aos de D. Pedro.