António Sebastião Ribeiro de Spínola foi um importante militar português, nomeadamente porque, embora tivesse comandado as tropas durante a guerra colonial, afirmou sempre o seu lado crítico quanto a esta política expansionista. Foi, também, o primeiro presidente da República após o golpe militar de 25 de abril de 1974, o qual colocou um ponto final no regime ditatorial português.
António de Spínola nasceu em Estremoz, no dia 11 de abril de 1910. Fez os seus estudos no Colégio Militar, em Lisboa, e, depois, ingressou na Escola Politécnica de Lisboa.
Em 1928 começou a exercer funções de instrutor no Regimento de Cavalaria, primeiro como instrutor e, posteriormente, como alferes. Já em 1939, foi trabalhar com a GNR (Guarda Nacional Republicana), tornando-se, em 1961, tenente-coronel.
Nesse ano, no entanto, com o início da guerra em Angola, Spínola decidiu concorrer para a ex-colónia na condição de voluntário, onde se distinguiu por comandar um batalhão da cavalaria. Foi, depois, nomeado governador e comandante-chefe das tropas portuguesas na Guiné-Bissau.
Quando se iniciava o ano de 1974, logo em janeiro, foi nomeado vice-chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e, no mês seguinte, publicou um livro intitulado «Portugal e o Futuro», no qual apresenta uma crítica moderada às orientações do regime salazarista.
Quando se dá a revolução no dia 25 de abril de 1974, e após a rendição de Marcelo Caetano, assumiu a chefia da Junta de Salvação Nacional e, a 15 de maio do mesmo ano, a presidência da República. No entanto, demitiu-se de ambos os cargos alguns meses depois, sendo substituído pelo general Costa Gomes.
Após o golpe de Estado de 11 de março, exilou-se no Brasil, regressando em 1976. Foi, depois, promovido a general.
António de Spínola faleceu em Lisboa a 13 de agosto de 1996.
References:
http://www.presidencia.pt/?idc=13&idi=6