Os sans-culottes eram um grupo maioritariamente urbano, formado por artífices, lojistas e alguns operários durante a Revolução Francesa.
De rendimentos modestos, os sans-culottes pertenciam à multidão de cidadãos passivos que reivindicavam a igualdade política e a igualdade económica.
Trabalhadores e patriotas, este grupo revelou-se adepto da democracia direta.
Os sans-culottes frequentavam as sociedades populares e os clubes e participavam nas assembleias de secção (circunscrições administrativas de Paris), onde votavam verbalmente. Elaboravam moções e petições que, no meio de exaltadas manifestações faziam chegar à Convenção. O grupo juntava-se nas tribunas da assembleia e intervinha nos debates, procurando em todas as oportunidades que tinham, influenciar as decisões.
Os sans-culottes chegaram a exercer tanta pressão sobre a Convenção que a facção moderada, representada pelos Girondinos, se viu afastada do poder a 2 de junho de 1793.
O termo sans-culottes acabou por nascer devido à indumentária que os mesmos envergavam, usando calças compridas ao invés do calção aristocrático (culotte). Os típicos sans-culottes ainda apresentavam uma jaqueta (carmagnole, nome também dado a uma dança revolucionária), o barrete frígio com a cocarde e o pique nas mãos.