A expressão ‘Questão do Oriente’ designa um conjunto de problemas e conflitos internacionais originados com a instalação dos turcos otomanos na Europa no ano de 1453. No séc. XVIII, a Áustria e a Rússia procuraram assegurar, à custa do Império Otomano, enfraquecido, a supremacia na região dos Balcãs. No séc. XIX, os povos cristãos do Império Otomano emanciparam-se e criaram Estados independentes: Montenegro, Sérvia e Grécia. As ambições rivais da Rússia e da Inglaterra a respeito dos Estreitos do Bósforo e Darnadelos levaram à Guerra da Crimeia (1854-1855) e mais tarde à Guerra Russo-Turca (1877-1878). O Tratado de Berlim, assinado em 1878, resolveu temporariamente a questão do Oriente, mas o antagonismo austro-russo e o despertar do nacionalismo turco resultaram nas Guerras Balcânicas (1912-1913). Depois da queda do Império Otomano, a Questão do Oriente restringiu-se ao problema dos Estreitos, neutralizados pelo Tratado de Lausane (1923), mas novamente discutido em Montreux (1936) e pela URSS (1945).