Lenine, pseudónimo de Vladimir Ilitch Ulianov (1870 – 1924), foi uma importante figura política. Dirigente comunista russo e da luta revolucionária, foi o fundador do Estado Soviético, deixando-nos um riquíssimo e vasto legado de obras políticas.
Nascido no seio de uma família da pequena burguesia, desde cedo manifestou interesse pelos debates ideológicos. Estudou Direito, mas acabou por ser expulso devido às atividades revolucionárias a que se dedicava.
Mais tarde, foi preso e enviado para a Sibéria em 1897 por organizar círculos revolucionários em Moscovo. Enquanto permaneceu no exílio, Lenine dedicou-se à leitura de filósofos e à escrita de teorias políticas.
Uns anos depois, decidiu ir para a Europa ocidental, enquanto preparava a revolução da Rússia. Regressou ao seu país em 1917 para dirigir a famosa Revolução de Outubro, que levou os bolcheviques ao poder. Desde então, passou a ocupar o cargo de presidente do Conselho dos Comissários do Povo.
Em 1921, começou a praticar a nova política económica, a N.E.P. e fez com que a economia de mercado fosse restaurada. No mesmo ano criou a Komintern (III Internacional Comunista) que contribuiu para que o movimento operário de todo o mundo se desenvolvesse significativamente.
Lenine foi autor de várias obras, entre as quais se destacam «O Imperialismo, Etapa Superior do Capitalismo» (1917), na qual desenvolveu as suas teses na mesma linha que Rosa Luxemburgo, «O Estado e a Revolução» (1917), «Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo» (1920), na qual revela as suas intenções de combater as fações radicas do Partido Comunista na União Soviética e «Materialismo e Empiriocriticismo» (1909), onde combate o positivismo de Estado, elabora a teoria da consciência reflexa e acentua o materialismo no sentido dialético oriundo da conceção marxista. Na verdade, a sua interpretação das ideias de Marx revela que Lenine foi o mais importante teórico do comunismo. É por esta razão que, muitas vezes, é referido o marxismo-leninismo.
Os últimos anos da sua vida foram marcados pelas disputas com Trotsky, as quais tinham sido motivadas por este querer levar a revolução até aos quatros cantos do mundo.
Quando faleceu, o seu corpo foi colocado num mausoléu na Praça Vermelha.
