Isabel I de Inglaterra

Isabel I de Inglaterra foi a última governante da dinastia Tudor e responsável pela estabilização inglesa enquanto grande potência.

Biografia de Isabel I de Inglaterra:

A Rainha Isabel I de Inglaterra, também conhecida como a Rainha Virgem, era filha de Henrique VIII com Ana Bolena. Nasceu a 7 de Setembro de 1533 no Palácio de Placentia, Greenwich, Inglaterra, ascendeu ao trono inglês a 17 de Novembro de 1558 reinado até a sua morte a 24 e Março de 1603 no Palácio de Richmond, Surrey, Inglaterra. O seu corpo está sepultado da Abadia de Westminster, Londres.

Isabel I de Inglaterra

Isabel I de Inglaterra

A sua infância ficou amplamente marcada pelos conflitos do pai, Henrique VIII, com a Igreja e execução da mãe a mando deste. No século XV a religião tornou-se um foco central na política interna do reino inglês. Henrique VIII tentando servir os seus próprios interesses promoveu a rotura da Igreja de Inglaterra com a Santa Sé.

Em condições normais Isabel I de Inglaterra não iria ascender ao trono inglês, mas a morte precoce do meio-irmão Eduardo VI e de Maria Tudor, colocaram-na directamente no trono inglês.

A cisão iniciada com o pai através de um movimento protestante inglês, entre católicos e protestantes, levou a diversas perseguições e massacres de católicos no reinado de Henrique e de protestantes aquando do reinado de Maria Tudor, conhecida para a História como a ‘Maria Sangrenta’ – Bloody Mary.

Por alegadamente apoiar o movimento protestante Isabel foi aprisionada durante um ano pela irmã. Após a morte de Maria tornou-se Isabel I de Inglaterra em 1558. Contrariando os paradigmas dos reinados anteriores promoveu uma política de tolerância religiosa que em muito beneficiou a ascensão de Inglaterra como grande potência.

Foi com Isabel que a Igreja Anglicana foi amplamente consolidada e estabelecida. Colocou-se como responsável máxima desta Igreja, limitou assim a influência do clero no reino ao retirar-lhe qualquer tipo de poder e potenciando um reinado absolutista.

Embora seja considerada a Rainha Virgem e tenha nascido um movimento de culto a Isabel no decorrer do seu reinado, evidências históricos da época demonstram que essa virgindade era associada com a inexistência de herdeiros, já que era amplamente difundido por fontes da época o caso da rainha com Robert Dudley – Darão de Leicester.

O longo reinado de Isabel I de Inglaterra, pouco mais de 44 anos, potenciou a estabilização de Inglaterra que vivia há mais de dois séculos um período conturbado de guerras civis e conflitos externos com a Escócia e França. Este período de relativa paz potenciou a estabilização e criação de uma identidade nacional inglesa até então completamente fragmentada.

O seu reinado ficou marcado pela instabilidade dos grandes rivais de Inglaterra, permitindo ao reino fortalecer-se. Em 1588 a Espanha mediante os constantes ataques de corsários ingleses a territórios e embarcações espanholas, decidiu invadir as ilhas britânicas com a chamada Aramada Invencível.

A formidável Armada acabou derrotada tanto pela intempérie que abateu-se sobre o Canal da Mancha, como pela mestria militar dos comandantes ingleses. A derrota castelhana tornou a Inglaterra a grande potência marítima de então, numa época em que o domínio do mundo assentava no domínio dos mares, foram lançadas as bases para aquilo que seria o Império britânico.

Vários historiadores consideram Isabel I de Inglaterra uma rainha fraca e indecisa abençoada com a sorte. Segundo esta visão a prosperidade vivida em Inglaterra durante o seu reinado era consequência da fragilidade dos seus inimigos ou erros clamorosos como a Aramada Invencível Espanhola. Teve a capacidade de rodear-se de conselheiros capazes como William Cecil que permitiram a boa administração económica, social, financeira e religiosa do reino.

Indiscutível é a relevância do reinado de Isabel I na História de Inglaterra e do mundo. Foi solidificada uma identidade nacional inglesa, os problemas religiosos embora continuassem latentes foram controlados e a nível externo iniciou o processo que tornaria o reino a grande potência mundial até a Primeira Guerra Mundial no século XX.

Grandes nomes da cultura inglesa como William Shakespeare, Christopher Marlowe e Ben Johnson evidenciaram-se durante o reinado de Isabel.

Isabel I de Inglaterra como não tinha descendência reconheceu Jaime VI da Escócia como legitimo sucessor ao trono inglês. Jaime era filho de Maria Stuart, antiga rival que Isabel mandou decapitar.

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References:

BOIS, Jean-Pierre; L’Europe à l’époque moderne XVI-XVIII siècle, Armand Colin, 2003.

BONNEY, Richard; O absolutismo, Publicações Europa-América

 

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