O império Zand governou a Pérsia no decorrer do século XVIII, mais concretamente de 1750-1794. A curta duração deste império islâmico de ascendência curda é elucidativa da profunda instabilidade na região após a queda do Império Safavida.
O Império Zand teve origem na tribo curda com a mesma designação, surgiu na região centro-sul da Pérsia, gradualmente conquistou os restantes territórios que compõem actualmente o Irão, e porções do que presentemente corresponde ao Iraque, Azerbaijão e Arménia.
O fim da governação dos Safávidas marcou, um período de instabilidade interna na região demarcada como Pérsia. Esta instabilidade aliada com a crescente influência europeia na escala global provocaram um enfraquecimento das potências islâmicas, quer na Pérsia quer no Império Otomano.
Duas tribos emergiram da queda dos Safávidas, os Zand e os Qajar. Inicialmente os Zand conseguiram sobrepor-se aos Qajar, mas no fim do século XVIII, os Qajar conseguiram derrotar os Zand e colocar um ponto final no seu domínio imperial.
A curda governação dos Zand ficou marcada pela instabilidade interna, conflitos com os vizinhos Otomanos, e crescente proteccionismo relativamente à influência ocidental. A quantidade de governantes Zand no curto espaço de tempo da sua governação, oito, espelha bem a instabilidade no seio do império, e reunir de condições para a ascensão dos Qajar.
Karim Shah (1750-1779); Maomé Ali Shah (1779); Abol Fath Shah (1779); Sadiq Shah, (1779-1782); Ali Murad Shah, (1782-785); Jafar Shah (1785-1789) Sayed Murad Shah (1789) e Lotf Ali Shah (1789-1794), são os oito governantes da dinastia Zand.