Henrique VIII

Henrique VIII

Henrique VIII refere-se ao segundo Rei de Inglaterra da Casa Tudor, nascido a 28 de Junho de 1491, em Greenwich, arredores de Londres, filho de Henrique VII de Inglaterra, primeiro Rei da Casa tudor e Isabel de Iorque. Antes de ser Rei foi um Lorde Inglês e posteriormente juntou também o título de Rei da Irlanda.

Ficou para a história por ter rejeitado a autoridade Papal, e formado a Igreja Anglicana, além de ter ordenado que fosse colocado um exemplar da Bíblia em inglês em cada Igreja. Antes desta revolta Henrique VIII era chamado pelo Papa da época como o Defensor da Fé em vista da sua atividade em prol da fé católica. O resultado da sua atividade, levaram a que fosse excomungado. Além da colocação da Bíblia em cada igreja, e da formação de uma nova igreja, na qual ele se proclamou líder supremo, ainda dissolveu os mosteiros e dividiu a riqueza do clero pela pequena nobreza. Apesar disso, no que se refere a crenças religiosas, ele continuou a aceitar as crenças católicas.

Durante o auge da sua vida, ele era considerado como um homem atraente, bem educado e realizado, tendo sido descrito como um dos governantes mais carismáticos a ocupar o trono inglês. Contudo, em vista da sua obsessão em ter um descendente masculino levaram-no a seis casamentos e à Reforma Inglesa explicada sucintamente em cima. Esta situação tornou-o Obeso e com saúde fraca, o que contribui para a sua morte. No período final da sua vida ele é descrito como alguém severo, egoísta, concupiscente e inseguro. Henrique VIII também se destacou pela escrita e composição.

Isto porque recebeu uma educação de primeira água que o tornaram fluente em latim e em francês. Não era expectável que ele se tornasse rei, mas sim o seu irmão mais velho Artur. Contudo, a morte precoce de Artur aos 15 anos de idade colocaram os holofotes sobre Henrique. A viúva de Artur, Catarina de Aragão foi-lhe prometida qual esposa, mas Henrique, que primeiro aceitou a ideia, rejeitou-a quando tinha 14 anos. No entanto, após a morte de seu pai e a sua ascenção ao trono, ele declarou que se casaria com Catarina. Logo após o seu casamento e coroação ele inicia uma tática para lidar com oposição. Manda prender dois dos mais impopulares ministros do seu pai. Isto aconteceu em 1509.

Catarina perdeu os seus três primeiros filhos, duas meninas e um menino, sendo alguns nado-mortos. Dos seus cinco filhos, apenas Maria I sobreviveu, no entanto, o Rei achava que a sua dinastia estava ameaçada e visto que não tinha um filho homem com Catarina solicitou ao Papa Clemente VII o divórcio. É de realçar porém que, durante este período Henrique VIII teve algumas amantes, e alguns filhos ilegitímos. Visto que a Igreja Católica proibia a separação o papa rejeitou o apelo. Furioso, o Rei que era considerado como o Defensor da Fé, separou-se da Igreja Católica e com a ajuda do Arcebispo da Cantuária efetivou o seu divórcio. O Parlamento Inglês declarou que o direito divino dos reis substituía a autoridade da Igreja. Além disto, o Rei fundou a sua própria religião e tornou-se o líder máximo da mesma.

O divórcio de Henrique VIII e Catarina de Aragão marcou o início da Reforma Inglesa. Em 1533 casou-se com Ana Bolena, dama de honra de Catarina, com quem teve apenas uma filha, Elizabete I. O casamento durou apenas três anos. Sob a acusação de adultério, em 1536, Ana Bolena foi executada. Nesse mesmo ano Gales foi incorporado à Coroa inglesa. Depois, Henrique VIII casou-se com Joana Seymour. Esta nova rainha conseguiu que Henrique VIII aceitasse na Corte suas duas filhas, nascidas de casamentos anteriores. Após haver dado ao rei o tão esperado filho homem, a rainha morre, deixando o herdeiro Eduardo VI, que faleceu com apenas 17 anos. Henrique continuou à procura do seu descendente e herdeiro. Casou-se em 1540 com a filha do Duque de Flandres, Ana Cléves. Ana era pouco atraente, e por não satisfazer a um rei tão requintado, como era Henrique VIII, o casamento foi declarado nulo. Então o Rei casou-se pela quinta vez.

Uma jovem de dezessete anos, dama de honra, Catarina Howard, sobrinha do poderoso duque de Norfolk. A jovem procurou amenizar o caráter cruel do marido, mas quando sua conduta leviana foi revelada ao rei, este mandou decapitá-la.

Henrique VIII aos 50 anos, parecia envelhecido, mas não sabia viver sozinho. A dama da corte Catarina Parr atraiu-lhe a atenção. Era uma jovem viúva, graciosa, meiga, digna e afeiçoada aos filhos do rei. Foi sua sexta e última esposa. Catarina Parr viveu ainda cinco anos após a morte do rei.

Em 1541 Henrique VIII foi declarado rei da Irlanda. Os últimos anos do reinado de Henrique VIII foram tranquilos pela influência da boa e sábia Catarina Parr. Em 1547, sofrendo de uma grave infeção, morre no Palácio de Whitehall. Seu corpo foi sepultado na Capela de São Jorge, no Castelo de Windson.

Durante a sua vida Henrique tornou-se obeso. A sua cintura media 140 cm e para se mexer ele precisava da ajuda de invenções mecânicas. O seu corpo era coberto por furúnculos e talvez sofresse de gota. A sua obesidade junto com outros problemas médicos parece que levaram a um acidente em 1536, em que teve um ferimento na perna. O acidente reabriu e agravou um ferimento anterior que havia tido anos antes, a ponto dos médicos encontrarem dificuldades em tratá-lo. O ferimento infeccionou pelo restante de sua vida até ulcerar, algo que o impedia de manter o mesmo nível de atividades físicas que costumava ter. Acredita-se que o acidente de justa tenha sido a causa das mudanças de humor de Henrique, que podem ter tido um efeito dramático em sua personalidade e temperamento.

Após a sua morte, seu único filho homem herdou a coroa como rei Eduardo VI. Visto que ele tinha apenas nove anos de idade, ele não podia exercer o poder. O testamento de Henrique nomeou dezesseis executores para servir em um conselho regencial até Eduardo completar dezoito anos. Os executores escolheram Eduardo Seymour, irmão mais velho de Joana Seymour e tio do novo rei, para ser Lorde Protetor do Reino. Caso Eduardo não tivesse herdeiros, o trono passaria para Maria, filha de Henrique e Catarina de Aragão, e seus descendentes.