A origem dos Francos não é completamente conhecida, suspeita-se que sejam originários da Panónia, antiga província romana que aglomerava aquilo que actualmente é conhecido como Hungria, Eslovénia, parte da Croácia, Bósnia, Croácia e Sérvia.
Possivelmente migraram dessa região para o que actualmente é o nordeste da Holanda e fixaram-se nas margens do rio Reno. Outra corrente historiográfica, e a mais consensual, defende que este povo resultou da fusão de vários tribos germânicas, que recorreram a esta união como forma de prevalecer face à instabilidade dos séculos II e III d. C. e ao poderio do Império Romano. O conjunto destas tribos habitava na região do Vale do Reno e espaços territoriais a Leste deste Vale.
Assim como outros povos bárbaros migraram ou passaram as fronteiras do Império Romano, face às dificuldades que gradualmente este sentia. Em 250 d. C. invadem o território romano e conseguiram atingir Tarragona na actual Espanha, apenas na década seguinte os romanos expulsaram e derrotaram os Francos.
Nos finais do século III voltam a criar dificuldades aos romanos, ao estrangular as rotas comerciais no Reno e no Canal da Mancha, rota essencial para o comércio com a Bretanha, com a ocupação de territórios romanos que davam acesso ao Mar do Norte.
O Imperador Juliano consegue pacificar estas regiões em meados do século IV, este apaziguar da região veio do acordo estabelecido com os Francos, o Império entregou um conjunto de territórios na Gália, em troca os Francos mantinham as fronteiras seguras e combatiam ao lado dos romanos. Tornaram-se parte do Império, que gradualmente tornava-se uma confederação de povos, foram o primeiro povo germânico a ocupar territórios romanos.
Gradualmente foram conquistando e ocupando o resto dos territórios da Gália e mantiveram-se como o principal aliado do Império até a sua queda em 476. Estiveram na origem do Reino Franco e das poderosas dinastias merovíngia e carolíngia.
Com a incorporação no Império Romano e a crescente conversão ao cristianismo das populações imperiais, os Francos também converteram-se a esta religião e os descendentes teriam um papel central na defesa da Europa cristã ao impedir no decurso do século VIII a expansão dos muçulmanos da Península Ibérica para a Franquia, estabelecendo os Pirenéus como barreira entre o Islão e o Cristianismo.