Apresentação da Doutrina do Copo d’Água
A Doutrina do Copo d’Água é uma teoria defendida e sustentada pelos revolucionários comunistas nos primeiros tempos das Revoluções Russa e Chinesa, segundo a qual um bom comunista deveria encarar a necessidade sexual como algo que não tinha importância maior do que beber um copo de água. A expressão surgiu a partir de um panfleto escrito pela feminista revolucionária Alekxandra Mikhailovna Kollontai (1872-1952) propunha abolição da família e o amor livre e que dizia “O ato sexual não deve ser visto como vergonhoso e pecaminoso, mas como algo tão natural quanto outras necessidades do organismo sadio, tais como apetite e sede”. Esta frase logo se popularizou numa versão mais abreviada e distorcida: “copular é tão natural quanto beber um copo d’água”.
A doutrina foi recusada por Lenine quando a Revolução triunfou na Rússia (talvez devido à sua secreta bigamia com Inessa Armand e com a sua esposa legítima Nadejda Krupskaia), mas manteve-se na China onde era conhecida como Pei-Shui-Chu-i. Os revolucionários comunistas ocidentais nunca chegaram a aderir a esta doutrina.