Dario o Grande

Nome Dario Histapes
Cognome Dario, o Grande ; Dario I
Nascimento 550 A.C
Morte 486 A.C
Reinado Império Aqueménida desde 552 A.C até a sua morte
Filiação Histapes
Religião Zoroastrismo
Descendência Xerxes

Dario I

Dario Histapes, também conhecido como Dario, o Grande ou Dario I foi um dos maiores governantes do Império Persa, ou o Império Aqueménida. Dario descreve a si próprio como filho de Histapes, aqueménida, persa, filho de um persa, ariano da descendência ariana no livro History of The Persian Empire, páginas 122 e 123. Assim, Dario reclama para si a descendência igual à de Ciro, apesar de um ramo familiar diferente.

Após a morte de Cambises II, em 552 A.C o trono aqueménida foi ocupado ou por seu irmão Bardiia, ou por um mago chamado Gaumata. Dario, auxiliado por seis outros nobres persas, após um curto período de governo, assassinou o ocupante do trono e reivindicou para si o governo. Dario conta a sua própria versão dos factos e a mesma pode ser encontrada em três idiomas na imensa descrição que havia mandado gravar nos penhascos escarpados em Behistun, em frente a uma planície atravessada pela principal rota de caravanas de Bagdá e Teerão. De acordo com esta inscrição, Gaumata era um usurpador, que se fazia passar pelo irmão de Cambises, irmão esse que havia morrido. A maioria dos peritos da atualidade aceita esta versão, que é pautada por várias afirmações feitas por Dario de que “é verdade e não mentiras”, como factual, ao passo que outros acreditam que Dario era um mentiroso e um usurpador. Independente da verdadeira versão dos factos, um ponto comum é que Dario ascendeu ao trono persa na época em que o império estava em revolta, e pensa-se que ele gastou os dois anos seguintes a subjugar os elementos insurretos no seu domínio. O Egipto, que havia se libertado do império persa, voltou a ser subjugado por Dario por volta de 519/518 A.C. Após isso, ele estendeu os limites do seu império até a Índia a Este, até a Macedónia a Oeste. Também é reconhecido por sua eficiente reorganização da estrutura administrativa em todo o império, pela criação de um código de leis imperial, chamado Estatuto dos Bons Regulamentos, e por ter reaberto o canal que liga o Nilo ao Mar Vermelho.

É um personagem que também aparece no registo bíblico relacionado com a reconstrução do templo em Jerusalém. O alicerce do mesmo foi lançado em 536 AC, mas a obra de reconstrução foi proibida em 522 AC, e continuou parada até ” (…) o segundo ano do reinado de Dario.” (Esdras 4:24)

Após uma investigação por parte do administrador dos interesses imperiais da região da palestina, de nome Tatenai se havia algo escrito, e consequente pedido da parte dos judeus para reiniciar a obra de construção, com a explicação das diferenças entre aquilo que Nabucodonosor havia feito e aquilo que Ciro havia feito, deve ter exercido um efeito sobre Dario I, visto que Dario, nos primeiros tempos do seu reinado teve que enfrentar duas insurreições da parte de rebeldes que assumiram o nome de Nabucodonosor (Nabucodonosor III e Nabucodonosor IV), que afirmaram ser filhos de Nabonido e tentaram fazer que Babilónia fosse independente do Império persa.

A pesquisa oficial nos registos dos arquivos em Ecbátana, antiga capital meda, resultou em que se descobissem documentos de Ciro I. Em vista dessas evidências, Dario ordenou ao governador Tatenai que ele e os outros altos funcionários, não apenas deixassem de interferir na obra do templo, mas também fornecessem fundos para a construção da tesouraria real do imposto, bem como animais e outras coisas essenciais para a oferta de sacrifícios no templo. Se alguém violasse esta ordem, deveria ser pregado numa estaca e a sua casa deveria ser transformada numa latrina pública. (Esdras 6:1-12)

“Foi então que Dario deu ordem, e fizeram uma investigação na casa dos registros dos tesouros depositados lá em Babilônia. E em Ecbátana, na fortificação que havia no distrito jurisdicional da Média, foi achado um rolo, e nele estava escrito o memorando do seguinte teor:
“No primeiro ano de Ciro, o rei, Ciro, o rei, deu ordem concernente à casa de Deus em Jerusalém: Reconstrua-se a casa como lugar onde se devem oferecer sacrifícios e fixem-se os seus alicerces, sendo sua altura de sessenta côvados, sua largura sessenta côvados, com três camadas de pedras roladas [ao lugar] e uma camada de madeiramento; e seja a despesa paga pela casa do rei. E devolvam-se também os vasos de ouro e de prata da casa de Deus, que Nabucodonosor retirou do templo que havia em Jerusalém e levou a Babilônia, para que cheguem ao templo que está em Jerusalém, no seu lugar, e sejam depositados na casa de Deus.
“Agora, Tatenai, governador de além do Rio, Setar-Bozenai, e seus confrades, os governadores menores que estão além do Rio, mantende-vos afastados de lá. Deixai [em paz] a obra daquela casa de Deus. O governador dos judeus e os anciãos dos judeus vão reconstruir aquela casa de Deus no seu lugar. E por mim foi dada uma ordem quanto ao que vós fareis para com estes anciãos dos judeus, para a reconstrução daquela casa de Deus; e da tesouraria real do imposto de além do Rio se pagará prontamente a despesa a estes varões vigorosos, sem interrupção. E o que for preciso, novilhos bem como carneiros e cordeiros para as ofertas queimadas ao Deus do céu, trigo, sal, vinho e azeite, conforme disserem os sacerdotes que estão em Jerusalém, sejam-lhes dados continuamente, de dia em dia, sem falta; 10 a fim de que apresentem continuamente oferendas apaziguadoras ao Deus dos céus e orem pela vida do rei e dos seus filhos. E por mim foi dada uma ordem que, quando alguém violar este decreto, se arranque da sua casa um madeiro e ele seja pregado nele, e sua casa se tornará por esta causa uma latrina pública. E que o Deus que fez seu nome residir ali derrube a qualquer rei e povo que estender sua mão para cometer uma violação e para destruir aquela casa de Deus, que está em Jerusalém. Eu, Dario, dou deveras a ordem. Seja executada prontamente.””

Esta ação de Dario aconteceu não porque ele era devoto, mas porque as leis medo-persas eram irrevogáveis. Com relação à sua religião, Dario era um devoto adorador de Auramazda.

Perto da virada do século várias cidades gregas da Jónia revoltaram-se contra o domínio dos persas e apesar deste levante ter sido subjugado, Dario decidiu punir Atenas e Erétria por terem ajudado as cidades a revoltarem-se. Isso levou a uma invasão persa da Grécia, contudo, resultou na derrota de Dario, na batalha de Maratona em 490 A.C.. Embora Dario, fizesse cuidadosa preparação para outra campanha contra a Grécia, não pode executá-la antes da sua morte em 486 A.C. Foi sucedido por seu filho Xerxes.

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