Bórgia diz respeito a uma importante família italiana de origem espanhola, que se estabeleceu em Roma em 1455, durante o período do Renascimento.
De entre os seus membros mais célebres destacam-se:
Rodrigo Bórgia (1431 – 1503), que foi eleito papa sob o nome de Alexandre VI;
César Bórgia (1475 – 1507), filho do precedente, que nomeou arcebispo de Valência e cardeal aos dezasseis anos, cargos a que, posteriormente, renunciaria. Casou com Carlota d’Alembert, irmã do rei de Navarra, recebendo do rei de França o ducado de Valentinois. Com um bom exército organizado com os recursos da Igreja, conquistou Romanha e o ducado de Urbino. Morto Alexandre VI, foi encarcerado por ordem do novo papa. Contudo, conseguiu fugir e refugiar-se na corte de Navarra. Foi, também, quem serviu de modelo para «O Príncipe», de Nicolau Maquiavel;
Lucrécia Bórgia (1480 – 1519), a mais nova dos filhos de Rodrigo Bórgia e da irmã de César Bórgia. O seu primeiro casamento, com Giovanni Sforza, foi anulado pelo seu pai que, com o objetivo de conquistar a amizade de Nápoles e da Espanha, a fez desposar Afonso de Aragão, que, na verdade, depois César Bórgia mandou assassinar. Por imposição do papa, casou mais tarde com Afonso d’Este.
Durante muitos anos, foram atribuídos a esta família numerosos crimes horrendos, mas os seus contemporâneos manifestaram-se unânimes quanto à exaltação da beleza dos membros da mesma, assim como o seu espírito culto.
Os Bórgia ainda reuniram, em Ferrara, uma brilhante corte composta por inúmeros sábios e artistas.