A bomba atómica é uma arma nuclear extremamente poderosa que, ao rebentar, liberta a energia contida nos núcleos atómicos dos elementos que a constituem, gerando, assim, efeitos destrutivos e mortíferos.
Nas bombas atómicas convencionais, os núcleos atómicos de urânio e plutónio cindem num processo designado “fissão”. Já na bomba de hidrogénio, verifica-se o contrário, ou seja, a energia provém da fusão de núcleos atómicos.
A criação e o desenvolvimento destas armas aconteceu no século XX, particularmente no decorrer da Segunda Guerra Mundial.
Num primeiro momento, o físico Albert Einstein, na sua teoria da relatividade, anunciava já a possibilidade de converter a matéria em energia. Neste sentido, consciente das suas potencialidades e receoso que a Alemanha nazi ganhasse a guerra caso se apoderasse da sua fórmula, Einstein decidira escrever uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, para o elucidar.
Foi, portanto, devido a esta advertência que, em 1942, os americanos empenharam-se num aliciante projeto: o fabrico e produção desta arma de destruição maciça. O projeto, designado “Manhattan”, foi dirigido por Robert Oppenheimer e contava com um grupo de cientistas composto maioritariamente por judeus fugidos da Alemanha.
Em 1945, os Estados Unidos dispunham já de três exemplares deste tipo de arma.
A primeira bomba atómica, com o nome de código “Trinity”, rebentou no deserto do Novo México, no dia 16 de junho de 1945.
A segunda foi lançada sobre Hiroxima, no dia 6 de agosto de 1945, matando cerca de 80 000 pessoas e fazendo com que todos os edifícios num raio de dois quilómetros desaparecessem. Três dias depois, uma nova bomba foi lançada sobre uma outra cidade japonesa, Nagasáqui, matando aproximadamente 40 000 pessoas.
A radioatividade de ambas as bombas deixou efeitos tão nefastos no planeta e na população, que ainda hoje se fazem sentir.
Em 1949, a URSS também fez as suas experiências com bombas atómicas. Desde então, e até aos dias que correm, os Estados Unidos e a Rússia, assim como a Coreia do Norte têm fabricado numerosas armas nucleares, de diversos tipos, suficientes para destruir todos e quaisquer sinais de vida na Terra.