Batalha de Stalingrado

A Batalha de Stalingrado foi um dos momentos mais sangrentos e decisivos da Segunda Guerra Mundial.

Contextualização da Batalha de Stalingrado:

A Batalha de Stalingrado foi um dos momentos fulcrais para o desfecho da Segunda Guerra Mundial e derrota da Alemanha Nazi. Foi a Batalha mais sangrenta da História da Humanidade, com aproximadamente um milhão e meio de mortos entre soldados e civis. As forças coligadas nazis ascendiam ao milhão de efectivos, enquanto as russas aproximavam-se do milhão e duzentos mil soldados.

A Batalha de Stalingrado surge no enquadramento da expansão nazi para a União Soviética. De forma a alimentar a massiva máquina de guerra germânica, o Terceiro Reich necessitava de apoderar-se dos campos petrolíferos localizados no Azerbaijão. De forma a limitar o poder soviético, o plano nazi englobava uma campanha oriental com três frentes.

Uma frente procurava conquistar o centro político russo em Moscovo, uma outra segunda frente o coração industrial e comercial da União Soviético localizado a norte em torno de Leningrado, actualmente São Petersburgo. Uma terceira frente mais a sul com o fito de capturar as vitais reversas de petróleo. É neste quadro que a Batalha de Stalingrado desenvolveu-se

Na época conhecida como Stalingrado actualmente como Volgogrado, é uma urbe russa situada junto às margens do rio Voga no Cáucaso Russo. O controlo desta cidade era fundamental para a estratégia nazi de ocupação do sul da União Soviética e exploração dos campos petrolíferos. A conquista desta cidade, a mais industrializada do sul soviético, era igualmente fundamental para o ‘movimento em pinça’ idealizado para a tomada de Moscovo. A frente germânica a sul juntar-se-ia à frente central para a conquista da Capital Soviética – Moscovo.

A Batalha de Stalingrado iniciou-se a 19 de Agosto de 1942 com um massivo bombardeamento aéreo por parte da Luftwaffe – força aérea nazi. Posteriormente seguiu-se um violento conflito porta-a-porta e rua-a-rua. As fontes que relatam os acontecimentos na cidade demonstram a extrema violência e barbárie da batalha. Mulheres, crianças e idosos sem qualquer tipo de experiência, participavam activamente na defesa da urbe. Ruas, edifícios e posições, trocavam várias vezes de mãos no mesmo dia. Soldados deitavam-se com granadas por baixo dos tanques nazis, na tentativa de travar o avanço germânico.

A importância vital da conquista de Stalingrado por parte dos nazis levou, à enorme concentração de recursos bélicos nesta região. Apesar da brutalidade dos combates os alemães conseguiram controlar em determinada altura, noventa porcento da cidade. A feroz resistência dos defensores e população de Stalingrado provocou em enorme desgaste psicológico, físico e material nas forças nazis.

Este desgaste seria fundamental para o desfecho da batalha. Em Novembro de 1942, um exército comandado pelo General Chikov inicia o processo de reconquista da cidade. Por esta altura o desgastado exército nazi já havia perdido milhares de homens e centenas de tanques e aviões, não tinha capacidade material ou psicológica para enfrentar as recém-chegadas forças soviéticas, frescas e bem equipadas.

A este cenário adverso juntou-se a chegada do rigoroso inverno russo. Assim como a população, os soldados nazis morriam de fome e frio. Perante este cenário, as chefias militares germânicas em Stalingrado solicitaram por diversas vezes á elite nazi a rendição do exército. Hitler recusava determinantemente este cenário, ordenado que o exército luta-se até a morte.

A 2 de Fevereiro de 1943, perante o avanço soviético e incapacidade do exército nazi, o General Friedrich Paulus tornou-se o primeiro Marechal de Campo alemão a render-se, colocando um ponto final na Batalha de Stalingrado.

A derrota militar nazi em Stalingrado mudou o rumo do conflito. A perda de centenas de milhares de homens e devastação de armamento colocou, a Alemanha Nazi na defensiva na frente oriental, posição que iria manter até a queda do Terceiro Reich dois anos após o fim da Batalha de Stalingrado.

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References:

KENEZ, Peter; História da União Soviética, Edições 70, 2007.

PAYNE, Stanley G. A History of Fascism, 1914-1945, London, UCL Press, 1995.

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