A Batalha de Pedroso surge no contexto de fixação de autoridade nos territórios reconquistados aos muçulmanos. A invasão da Península Ibérica por parte dos muçulmanos em 711 fez com que o norte da Península fosse o refúgio para a resistência cristã. Desta região começaram a formar-se pequenas entidades políticas que ao longo dos séculos, essencialmente do nono e décimo, foram conquistando faixas territoriais aos muçulmanos.
Em 868 o burgo de Portucale, actual Porto, foi reconquistado por Vimara Peres aos muçulmanos, dando inicio á repovoação das regiões entre o Douro e o Minho. Esta região acabaria por originar o primeiro Condado Portucalense regido pelos descendentes de Peres.
Nuno Mendes, Conde de Portucale e último descente de Vimara Peres tentou na Batalha de Pedroso na actual freguesia de Mire de Tibães concelho de Braga, em 1071 reclamar para si maior independência relativamente ao reino da Galiza governado na época por Garcia II.
Pela fraca prevalência democrática do mundo cristão peninsular na época, as batalhas não tinham muitos efectivos. A historiografia especula que as forças de Nuno tinham entre 50 a 100 soldados, enquanto as de Garcia estariam entre os 200 a 300. Apesar de Garcia ter sofrido maior número de baixas, aproximadamente sessenta, acabaria por vencer a Batalha de Pedroso pela força superior que detinha. As forças do condado sofreram vinte e cinco baixas, entre elas, Nuno Mendes.
A morte de Nuno Mendes sem descendentes ditou o fim do Condado de Portucale, que alguns anos mais tarde haveria de ser refundado por Henrique de Borgonha após concessão de Afonso VI de Leão pela ajuda na reconquista do Reino da Galiza. O filho de Henrique de Borgonha. D, Afonso Henriques estaria na génese do Reino de Portugal.