Por runas entende-se os caracteres dos antigos alfabetos germânico e escandinavo. Atribui-se a sua origem à prática de rituais, nomeadamente aqueles com propriedades divinatórias.
As runas comecaram a ser utilizadas na escrita pelas tribos germânicas antes da sua conversão ao Cristianismo. Depois, foram os godos que as introduziram no Norte da Europa.
Os signos da escrita rúnica dispõem-se, regra geral, da esquerda para a direita e, embora sejam conhecidos vários sistemas rúnicos, todos partilham características comuns no que diz respeito à forma das letras (as quais, porventura, se relacionam com o material em que inicialmente eram gravadas, ou seja, a madeira). Estas são constituídas por uma haste vertical à qual, por sua vez, se ligam, em variadíssimas combinações um ou mais entalhes oblíquos ou perpendiculares.
Estes alfabetos foram utilizados desde o século III até à sua completa substituição pelo alfabeto latino. Apesar de existirem escassos manuscritos com runas, encontram-se inúmeros destes caracteres em inscrições gravadas em rochedos ou túmulos, por exemplo, na Suécia, na Noruega, na Dinamarca, ou na Alemanha.