Cleópatra Filopator, sua ascenção ao Poder

Cleópatra Thea Filopator, nascida em Alexandrina em 69 AC foi a última rainha da dinastia de Ptolomeu, filha de Ptolomeu XII de Auletes e de Cléopatra V. O seu nome significa “glória do pai” (Cleópatra), “deusa” (Thea), e “amada pelo seu pai” (Filopator). Pertencia a uma linhagem de casamentos incestuosos, entre irmãos, emarcados por violência e assassínio.

Busto de Cleópatra

A numeração das Cleópatras não é uniforme, mas é comum ela ser considerada como a Cleópatra VII. Originalmente ela governou com o seu pai, o Ptolomeu XII, e posteriormente com os seus irmãos, os Ptolomeu XIII e o Ptolomeu XIV. Mais tarde, casou-se segundo o costume da sua linhagem com o Ptolomeu XIII, seu irmão, primeiro e posteriormente com o outro irmão Ptolomeu XIV.

Cleópatra não era conhecida pela sua beleza, apesar de posteriormente ser destacado o mesmo sobre ela, mas sim por características intelectuais, era uma grande negociante, excepcional estrategista militar, falava seis idiomas, e era perita em filosofia, arte grega, e literatura.

Tornou-se rainha porque antes de falecer, em 51 AC, o seu pai nomeou Cleópatra e o seu irmão Ptolomeu XIII, como governantes do Egipto. Seguindo os costumes da época, os irmãos deviam de casar e isto foi o que ela fez, mas o seu irmão tinha apenas 15 anos. Cleópatra percebia a influência romana no mundo, e queria aliar-se a eles, mas o seu irmão e marido não compreende, influenciado por conspiradores egípcios. Com isto Cleópatra muda-se para a Síria como exilada.

Isto permitiu que ela fizesse uma aliança que mudaria a face do mundo. Ela reconhecia Roma como a a maior potência do mundo na época. E os romances de Cleópatra tiveram um objetivo político, para que existisse paz entre Roma e o Egipto. Entretanto, Cleópatra consegue o apoio romano e retorna ao Egipto com um pequeno exército de mercenários, com o objetivo de lutar contra o seu irmão. A vitória de César sobre Pompeu, leva a que este peça exilío em Alexandria. Ptolomeu aceita e corta a cabeça de Pompeu, tentando cair nas boas graças de César. Ao apresentar a cabeça de Pompeu a César, este fica repugnado com a atitude de Ptolomeu e decide tomar Alexandria.

César decide então fazer as pazes entre Ptolomeu e a sua irmã.

Antes porém, ardilosamente, Cleópatra seduz Júlio César. Quando este chegou ao Egipto (Inverno de 48/49 AC), ela oferece-lhe um tapete. Segundo a lenda, era a própria que estava enrolada no mesmo. Ela argumenta que estava encantada com as histórias de Júlio César e que o ajudaria a estabelecer-se no país. Tornou-se assim sua amante e aliada política.

Visto que Arsínoe (irmã de Cleópatra) e Ptolomeu XIII tentaram revoltar-se e não foram bem-sucedidos, em 47 A.C, estava aberto o caminho para Cleópatra. Arnsínoe foi feita prisioneira e Ptolomeu morreu ao tentar escapar. Pouco depois Cleópatra deu à luz o filho de Júlio César (em Junho de 47 A.C), chamado de Cesarião (Pequeno César). Mas Júlio César recusou-se a assumir a paternidade, e retornou a Roma deixando Cleópatra como co-regente do Egipto, junto com o seu novo marido Ptolomeu XIV, que era também o seu irmão.

Pouco tempo depois, em 46 A.C, Cleópatra viaja e instala-se em Roma, onde recebe honras da parte de Júlio César. Fica a morar perto da terceira esposa de César, Calpúrnia Pisão, mas é desprezada pelo povo. Júlio César porém, honra-a e coloca uma estátua de ouro no templo da deusa Vénus em homenagem a Cleópatra. Contudo, ela desenvolve planos para controlo do Mediterrâneo. Com a morte de Júlio César, ela teve que retornar ao Egipto. De acordo com Eusébio, ela assassinou o seu irmão Ptolomeu XIV, no quarto ano do seu reinado e passou a reinar sozinha. Ao oitavo ano do seu reino empossou o seu filho como co-regente.

 

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