Quem foi Marco Túlio Cícero
Cícero, de seu nome completo Marco Túlio Cícero, foi um notável advogado, político, filósofo e orador romano. Ficou célebre, sobretudo, pelos seus dotes de oratória.
Corria o ano de 106 a.C. quando Cícero nasceu em Arpino, perto de Roma, no seio de uma família abastada. Desde cedo revelou bastante interesse por áreas como a filosofia, ou a história, dedicando um tempo significativo da sua juventude à leitura e ao estudo de várias obras e tratados gregos e romanos.
Depois de ter concluído o curso de Direito Romano, Cícero ingressou na sua prestigiosa carreira de advogado, começando por defender brilhantemente Sexto Róscio, que tinha sido acusado de parricídio.
Tornou-se, posteriormente, questor na Sicília e, já cônsul, ficou conhecido como o “Pai da Pátria” por ter conseguido desmascarar a conspiração do seu rival, Catilina, e seus cúmplices, os quais planeavam semear a revolta em Roma, atacando a cidade. A atitude de Cícero, no entanto, valeu-lhe o abandono dos seus partidários e, por fim, a destituição do cargo pelo I Triunvirato, o que fez com que vivesse no desterro durante alguns anos.
No ano 47 a.C., decidiu voltar para Roma, mas manteve-se afastado da vida pública, dedicando-se quase exclusivamente à redação da maior parte das suas obras e tratados.
Com a morte de Júlio César, porém, Cícero declarou-se contra Marco António, pois tinham-se tornado os dois os principais políticos em Roma, e opõe-lhe Octávio, sobrinho de César. Foi proscrito pelo II Triunvirato e, depois, tenta fugir, mas é mandado assassinar, em 43 a.C., por Marco António e pela sua esposa, Fúlvia, a qual o orador tinha outrora atacado nas suas Filípicas. Esta ordenou que a língua de Cícero fosse atravessada com um estilete e, posteriormente, que a sua cabeça fosse exposta na tribuna dos oradores.
Para a História, ficou, assim, um nome incontornável, um homem que não teve qualquer rival na eloquência judiciária, nem na flexibilidade do seu espírito e inteligência, deixando-nos um legado inigualável de tratados literários, como de Oratore, filosóficos, como «República» e belos discursos políticos, tais como «Verrinas», ou «Catilinárias».
