Aníbal, filho de Amilacar Barca nasceu em 247 AC em Cartago na Túrquia e morreu na Bítinia possivelmente em 183 ou 182 AC, aos 64 anos, por suícidio. O seu nome provavelmente significa: “Baal foi bondoso” ou “A Graça de Baal” ou “Recebi a Graça de Baal”. Filho do general Amílcar Barca, e irmão mais velho dos também distintos Magão e Asdrúbal. O seu pai foi o comandante cartaginês durante a
Aníbal o Cartagiano
Primeira Guerra Púnica contra os romanos. No entanto, Aníbal ficou na história como um dos maiores génios táticos da história da humanidade. Teve a função de general e de estadista cartaginês.
Aníbal viveu no período das Guerras Púnicas e foi um dos generais mais ativos na Segunda Guerra Púnica. Foi educado por um espartano de nome Sosilos, do qual aprendeu as letras gregas, a história de Alexandre o grande e a Arte da guerra. Assim desenvolveu o modo de pensar chamado Métis, pelos gregos, baseado na inteligência e na astúcia.
Á medida que crescia, ele aumentou em riqueza, perto da cidade de Cartágo, e jurou ao seu pai que nunca se tornaria amigo de Roma.
Algum tempo após a morte do seu pai, em 218 AEC, inicia-se a Segunda Guerra Púnica. É nesta guerra que Aníbal comete a sua maior façanha.
Em Maio de 218 AEC, Aníbal partiu da Cartagena e inicia uma marcha épica por Espanha e pela Gália, atravessou os Pirinéus, e os Alpes com um exército de 25 mil homens, Africanos e espanhóis, além de 37 elefantes africanos e outros animais que carregavam suprimentos. Esta manobra foi uma surpresa para os romanos, o que levou a várias derrotas da sua parte. Aníbal conseguiu das maiores vitórias sobre o
Representação da Ida de Aníbal de Cartagena a Roma
império romano, conseguindo durante a sua viagem matar quase 70.000 inimigos com apenas umas poucas baixas. Durante a sua viagem, ele conseguiu que outras tribos gaulesas também se unissem a ele contra Roma, e rebelaram-se, causando problemas a Roma. Para não deixar os animais indefesos na retaguarda, Aníbal posicionou-os atrás do corpo principal da cavalaria, na vanguarda, seguidos do grosso do exército e depois na retaguarda a nata da infantaria pesada.
Apesar deste enorme feito de chegar com um exército diferenciado, e com 37 elefantes a Roma, Roma não se rendeu, e apesar de algumas vitórias Aníbal lutou durante os próximos 13 anos com Roma. Os seus 37 elefantes, chegaram a Roma, mas morreram no primeiro ano de Aníbal em Itália.
Quando Roma envia um exército a Cártago, ela é abandonada pelos aliados e isso levou á sua derrota em Espanha e na Sicília. Então foi obrigada a chamar Aníbal de volta. Em 202 AC, em 19 de Outubro, o general romano Cipião derrotou o exército de Aníbal em Zama, a sudoeste de Cartago. A cidade púnica, foi forçada a abrir mão da sua frota e de ter um exército independente, e obrigada a pagar pelos 50 anos seguintes uma grande indeminização a Roma. Quanto a Aníbal, adquiriu o respeito por parte dos seus oponentes romanos, e além disso, os romanos perceberam que a República da Cartágena precisava de alguém que reconstruísse a cidade e a mantivesse tranquila, viram em Aníbal um estadista capaz de trazer paz á cidade e ao império. Foi assim indicado como Magistrado Chefe de Cartágo. Assim ele iniciou logo os trabalhos de reconstrução da cidade. O reaquecimento comercial da cidade levou ao ressurgimento dos inimigos da família de Aníbal. Muitos culpavam Aníbal pelo estado em que a cidade ficou. Percebendo o ressentimento que segundo Aníbal levaria á traição ele fugiu da cidade, em direção a Bítinia onde viveu os seus restantes 13 anos de vida até que se suicidou.
Sobre Aníbal é dito que em certa ocasião foi convidado para uma palestra de um velho académico especializado em estudos militares, e Aníbal não fez qualquer comentário até que a sua opinião fosse especificamente solicitada. Quando isso aconteceu Aníbal disse tranquilamente:
“Na minha vida eu tenho que ouvir alguns velhos tolos, mas esse supera a todos eles”.
Aníbal ficou na história visto que foi dito sobre ele: “Aníbal está aos portões”
https://www.youtube.com/watch?v=bVkaELzUhkk&ab_channel=AncientRoman
