Rivaldo Vítor Borba Ferreira é um ex-futebolista profissional, nasceu em Recife no Brasil, a 19 de Abril de 1972. É um dos grandes avançados brasileiros da história do futebol, passou por inúmeros clubes ao longo da carreira, tendo sido no Barcelona que teve os melhores anos da carreira, além de Espanha, jogou ainda no Brasil, Itália, Grécia, Usbequistão e em Angola, retirou-se dos relvados em 2015 com 42 anos.
Rivaldo nasceu num bairro pobre de Recife, onde começou a das os primeiros pontapés na bola, muitas vezes descalço dadas as dificuldades financeiras da sua família. De forma a conseguir obter uma vida melhor, tanto para si como para a sua família, Rivaldo decidiu seguir uma carreira profissional de futebol e aos 16 anos conseguiu assinar contrato com o Paulistano FC. Se profissionalmente Rivaldo vivia dias felizes, pessoalmente vivia o oposto, no mesmo ano em que assina o seu primeiro contrato de futebol, o seu pai perde a vida num acidente de viação. A partir dali, a responsabilidade de Rivaldo aumenta, sem o pai, viu-se na obrigação de ajudar a família e é com esse intuito que entre 1990 e 1992 passa por três clubes, o já referido Paulistano FC, de onde se transferiu para o Santa Cruz e em seguida para o Mogi Mirim. Até que em 1993 chega a um dos gigantes do futebol brasileiro, o Corinthians, foi através do Timão que se estreou na primeira liga do Brasil. A estadia no clube durou apenas um ano, rumando em seguida ao Palmeiras, onde se afirmou definitivamente no brasileirão.
Ao serviço do Palmeiras torna-se titular indiscutível e acrescenta golos, muitos golos ao seu currículo. No entanto, o acréscimo mais importante foram os títulos, ao vencer logo na primeira época o campeonato brasileiro. Rivaldo esteve três temporadas no clube, as boas exibições chamaram a atenção dos clubes europeus e em 1996 ruma ao velho continente, mais precisamente a Espanha para representar o Deportivo. Foi a afirmação que faltava, não acusou a mudança e logo na primeira época fora do seu país natal, participa em 46 jogos e aponta 22 golos. Estes números convenceram o Barcelona a desembolsar 26 milhões de euros pela sua contratação e em 1997, Rivaldo transfere-se para a cidade condal.
Pelos blaugrana elevou o seu futebol para os níveis mais altos da sua carreira. Logo na primeira época vence campeonato e taça do rei e é o segundo melhor marcador da liga, viria ainda a vencer novamente a liga ao longo da sua estadia. Esteve cinco temporadas nos culés, onde realizou 235 jogos oficiais e apontou 130 golos, em equipas repletas de estrelas como Luís Figo, Patrick Kluivert ou Frank de Boer, Rivaldo atingiu o ponto mais alto da sua carreira em 1999, quando foi eleito melhor jogador do mundo ao vencer a bola de ouro, tornando-se o segundo brasileiro a vencer tal distinção, até então, apenas Ronaldo havia alcançado tal feito.
Em 2002, Louis Van Gaal, que já havia treinado o Barcelona e com quem Rivaldo havia tido atritos, regressa ao clube, o que coloca Rivaldo na porta de saída do clube, é aí que surge o AC Milan e convence o brasileiro a transferir-se para a Serie A. Esteve apenas uma época em Itália, mas uma época dourada, onde vence liga e taça italiana e a liga dos campeões. Após um ano de conquistas, Rivaldo ainda começou a época seguinte em Milão, no entanto, o regresso ao Brasil prevaleceu e em 2003 regressou a casa pela porta do Cruzeiro. Mas o regresso revelou-se de curta passagem, com apenas 10 jogos e dois golos, Rivaldo abandonou o Cruzeiro e voltou ao futebol europeu, ao grego na verdade, para o crónico campeão, Olympiacos, onde em três épocas participou em 95 jogos e apontou 43 golos, sempre como campeão, entrou em rota de colisão com o polémico presidente do clube, Sokratis Kokkalis, este defendia que o jogador já não tinha idade para ser uma mais valia no clube. Não desejado no Olympiacos, saiu, mas não para muito longe, saiu rumo ao rival AEK de Atenas, onde esteve durante uma temporada, não destronou o domínio do anterior clube mas individualmente participou em 43 jogos e 15 golos, após uma época transferiu-se para o Usbequistão, para representar o Bunyodkor, onde em três temporadas foi sempre campeão, antes de regressar ao Brasil para representar o São Paulo, onde a estadia foi curta, saindo no final da temporada para rumar ao futebol angolano, ao Kabuscorp, mais uma estadia curta e novo regresso ao Brasil, desta vez pela porta do São Caetano, onde a tendência de curtas passagens se mantém, saindo novamente ao fim de uma época, para regressar a uma casa que bem conhecia, o Mogi Mirim, onde havia jogado na juventude, esteve duas temporadas no clube e em 2015 disse adeus ao clube e aos relvados, retirando-se assim aos 43 anos de idade.
Rivaldo é um dos melhores jogadores da história do Brasil e os números ao serviço da canarinha demonstram isso mesmo, foi internacional por 75 vezes e apontou 37 golos, que o tornam no décimo melhor marcador da história da selecção. Em 2002 sagrou-se campeão mundial pelo Brasil.