Marcos Evangelista de Morais nasceu em São Paulo, no Brasil a 7 de Junho de 1970. É conhecido no mundo do futebol como Cafú, um dos melhores laterais direitos de sempre, retirou-se em 2008, dividiu a sua carreira entre Brasil, Itália e Espanha, sendo ainda hoje visto como um modelo daquilo que deve ser um defesa direito.
Cafú começou a sua carreira no clube da sua terra natal, o São Paulo, no entanto, até chegar ao clube paulista passou por várias rejeições, Corinthians, Palmeiras, Santos, Nacional e o próprio São Paulo foram alguns dos clubes que dispensaram Cafú no início da sua carreira, até que em 1998, a equipa conhecida como clube da fé integrou o jogador nos seus quadros. Com a chegada de Telê Santana ao banco da principal do São Paulo, Cafú começou a merecer oportunidades, rapidamente se fixou como um titular absoluto, tanto na lateral, direita e esquerda, como no meio-campo ou até na frente de ataque, Cafú tornou-se numa peça fundamental da equipa. Estávamos em 1994, as boas exibições chamaram a atenção do seleccionador brasileiro, Carlos Alberto Parreira que decidiu convoca-lo para o mundial dos Estados Unidos. Numa selecção que contava com Dunga, Bebeto, Taffarel ou Romário e com o lado direito da defesa entregue a Jorginho, o jovem Cafú sabia que ia ser difícil ter um lugar no 11 titular. A canarinha alcança a final da prova onde se encontra com a Itália, Cafú começa o jogo no banco, mas entra ainda na primeira parte para o lugar do lesionado Jorginho, o jogo apenas é decidido nos penalties com o Brasil a sair por cima após Roberto Baggio falhar o último penalty, dando assim o quarto título de campeão mundial ao Brasil.
As prestações de Cafú ao serviço do São Paulo e no mundial pelo Brasil chamaram a atenção do futebol europeu e ruma ao campeonato espanhol, ao Zaragoça, a adaptação ao futebol europeu não foi o que se esperava e menos de um ano depois, Cafú regressava ao Brasil, ao Palmeiras, no entanto, devido a uma cláusula no contrato colocada pelo São Paulo aquando da sua venda, que o impedia de ser contratado por rivais, o jogador teve de rumar o Juventude, onde apenas realizou duas partidas, indo em seguida para o Palmeiras, fez três épocas e aos 27 anos regressa ao futebol europeu, desta vez ao futebol italiano, pela porta da Roma, desta vez com mais sucesso que na anterior passagem, está seis épocas ao serviço dos romanos onde conquista 1 liga italiana e 1 supertaça italiana e ganha a alcunha de “Il Pendolino” pelas suas constantes subidas pelo corredor direito.
Enquanto a sua estadia na capital italiana, Cafú participou em dois mundiais, em ambos chega à final, o que aliada à final de 1994, dá a Cafú o record de jogador com mais finais de mundiais da história. Em 1998 na França, onde perde na final para a anfitriã por 3-0 numa soberba exibição de Zidane e em 2002, na Coreia do Sul e no Japão, a canarinha bate a Alemanha por 2-0, Cafú era o capitão e é ele quem levanta o penta do Brasil em mundiais. O jogador é ainda o jogador com mais jogos pelo escrete, com 142 partidas oficiais, onde marcou cinco golos.
Um ano depois de se sagrar campeão mundial, Cafú abandona a Roma e ruma ao AC Milan, desde o início afirma-se como um titular indiscutível dos rossoneri, vence, tal como fizera na Roma, uma liga italiana e uma supertaça, mas desta vez consegue vencer a liga dos campeões em 2006/2007, numa final frente ao Liverpool. Retira-se do futebol um ano depois, aos 37 anos. Ao longo da carreira contabilizou um total de 678 jogos e 24 golos, daquele que está para sempre eternizado pelos brasileiros como o capitão do penta.