Os carvões sapropélicos são carvões betuminosos com grande homogeneidade e muito rico em substâncias voláteis. Devem ter-se originado em lagunas onde se acumularam formações vegetais, como algas unicelulares, grãos de pólen e outros esporos juntamente com restos de inúmeros animais planctónicos que teriam constituído a vasa.
Tais vasas ricas em matérias gordas, provenientes quer dos animais quer das algas, tem o nome de sapropel e por isso os carvões que resultam da sua incarbonização denominam-se carvões sapropélicos.
Entre os carvões sapropélicos distinguem-se:
– Carvões de algas – caracterizam-se pela sua elevada compactidade e fratura concoidal. São bastante ricos em materias voláteis;
– Carvões de esporos – contêm restos ainda reconhecíveis de esporos e grãos de pólen. São de cor acastanhada e preta, de brilho baço e ardam com chama brilhante.
A evolução dos carvões reflete-se na natureza dos seus compomentes como o teor de carbono, voláteis, cinzas, entre outros sendo determinada pelas condições de sedimentação e de diagénese. Com base na origem e nos processos evolutivos que os sedimentos experimentam, consideram-se dois tipos de carvão: carvões sapropélicos e carvões húmicos.
Para se caracterizar os tipos de carvão utilizam-se propriedades físicas como a cor, o brilho, a densidade, e propriedades químicas, tais como a composição química do carvão. Se a caracterização for para fins industriais, deve-se ter em conta o teor de cinzas, água, carbono, matérias voláteis e também o poder calorífico.