Conceito de Deriva Continental
A Deriva Continental é uma teoria que postula o movimento das massas continentais durante a longa história geológica da Terra. Inicialmente formulada por A. Snider, em França, em 1858, e posteriormente retomada independentemente por F. B. Taylor, nos Estados Unidos da América em 1908, e por A. Wegener, na Alemanha em 1910, a Teoria da Deriva Continental defendia que as massas continentais têm alterado a sua posição relativa à superfície da Terra, provavelmente como resultado da fragmentação de uma massa original mais vasta e consequente afastamento das parcelas fragmentadas. O recorte denteado das costas ocidental e oriental do Oceano Atlântico e o seu encaixe quase perfeito, era considerado uma prova da teoria da Deriva Continental, também chamada teoria da translação ou da migração continental.
Mais tarde, sobretudo a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, as observações dos fundos oceânicos e o estudo dos fenómenos sísmicos e vulcânicos permitiram concluir que a crosta terrestre estava dividida em diversas placas (as placas tectónicas), as quais se moviam sobre a camada de rocha fundida do manto. Estudos geológicos vieram ajudar a comprovar esta teoria, tendo sido encontradas semelhanças quer nas rochas quer nos fósseis encontrados em locais atualmente separados por grandes oceanos.
Atualmente a Teoria da Deriva Continental faz parte de uma teoria mais alargada: a Teoria da Tectónica de Placas que descreve os movimentos que acontecem a larga escala na litosfera terrestre.