Gestão Ambiental

Conceito de Gestão Ambiental: Tendo por base um dos dicionários de referência da Língua Portuguesa, o termo Gestão significa o processo de definir e…

Conceito de Gestão Ambiental

Tendo por base um dos dicionários de referência da Língua Portuguesa, o termo Gestão significa o processo de definir e executar uma estratégia, projectando uma organização adaptada á obtenção e mobilização dos recursos necessários à sua prossecução e ao controlo da sua execução. Podendo ainda incluir a detecção e eventual correcção dos desvios verificados, nesse processo.

Em relação ao ambiente podemos, tal como a gestão, ser definido de diversas formas. Poderia começar com a definição anglo-saxónica clássica, “ Environmet is everything else but me”, até chegar a outras menos amplas, mas não menos importantes, tais como “ conjunto dos factores que rodeiam e que influenciam os seres vivos”.

Em qualquer caso, os nossos conhecimentos sobre o ambiente tornam-se sempre limitados e restritos a uma dada situação específica.

Cada sistema ambiental constitui um caso especifico. Por isso é necessário ter muito cuidado quando se procura extrapolar, em situações que achamos semelhantes, princípios que achamos serem razoavelmente válidos, em relação a um determinado sistema, num determinado local e num determinado momento.

Em que o espaço e o tempo são restrições dos dados ambientais, logo as noções básicas para uma boa gestão ambiental.

Logo independentemente das características dos locais, que podemos visualmente abarcar de uma forma geral, importa nunca perder de vista que o tempo constitui o mais escasso e trasiente dos recursos ambientais. O Tempo nunca pára, arrastando e implicando mudanças globais contínuas. Tal como a Entropia, nada o pode deter e as suas consequências são irreversíveis.

Daí que o único tipo de intervenções que demos assumir, em termos de gestão ambiental sejam o preventivo. Essas intervenções deverão ainda ser pautadas pelo princípio da precaução, aplicadas o mais a jusante possível e com um nível de exigência máximo.

Fora dessa perspectiva, restam-nos medidas curativas, em geral recursos para atenuar o problema. Elas serão sempre mais dispendiosas, menos eficientes e devido a essas intervenções, mesmo que bem intencionadas, deparamo-nos com efeitos necessariamente irreversíveis.

A gestão ambiental poderá ser aplicada em três tipos de sistemas tais como natural, produtivo que resulta da actividade humana e implementação e exploração de serviços.

Em que no caso de sistema inicialmente natural, mas que o homem alterou (como, por exemplo, uma floresta, um lago ou uma zona de reserva natural), a sua gestão deve ser orientada para se alcançar, com um mínimo de investimentos e um máximo de benefício, a situação que naturalmente se verificaria.

Se o objecto a sofrer uma gestão fosse um sistema produtivo que resultasse de uma actividade humana (unidade fabril, fabricação de aço ou ferro ou um plano de aproveitamento hidráulico), aí deveria ser orientada a gestão de forma a maximizar a eficiência da produção, a nível do consumo de recursos naturais, de meios humanos e outros factores produtivos. Para que assim pudéssemos minimizar o seu impacto no meio ambiente. A unidade em questão pudesse ter uma imagem melhor em relação à qualidade de trabalho e a nível da opinião pública.

Por fim se tivéssemos como estudo a implementação e exploração de serviços (fornecimento de energia, transportes ou controlo da qualidade de vida de um centro urbano). Neste caso a gestão não estaria restrita a resposta em relação aos aspectos relacionados quanto às organizações produtivas, como também deveria garantir aos utentes o serviço mais cómodo, flexível e tomando em conta as necessidade do utente, em especial dos grupos mais sensíveis e exigentes (crianças, idosos, grávidas, etc…)

Como conclusão gostaria de referir que a gestão ambiental, trata-se de uma questão muito sensível, que tem evoluído muito ao longo dos tempos. Mas não poderá ser restringida só a aspectos concretos, deve ter em conta também a sensibilidade de cada um. Claro que tendo por base a legislação em vigor e algumas regras.

Com ela as instituições, devem pretender verificar uma maior qualidade do seu produto de uma forma mais eficaz e menos dispendiosa. E com ela poderão inflacionar a sua imagem em relação aos seus utilizadores do seu produto e possíveis.

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