Conceito de loureiro
Loureiro nome comum dado à espécie Laurus nobilis, pertencente à família Lauraceae. O louro ou loureiro é uma espécie vegetal dióica, isto é, os sexos encontram-se em indivíduos diferentes. Estes indivíduos podem admitir porte arbóreo ou mais comummente porte arbustivo.
Estes indivíduos são persistentes, normalmente considerados sempre-verdes, por as suas folhas manterem a tonalidade verde durante todo o ano. Não possuem uma grande longevidade, quando comparados a outras espécies arbóreas, atingem pouco mais que os cem anos.
O loureiro é uma espécie arbustiva que pode também apresentar um porte arbóreo, chegando a atingir os vinte metros, normalmente não atinge muito mais que os dez metros de altura. A sua copa é normalmente densa e irregular.
Todos os seus órgãos encontram-se cobertos por glândulas que produzem óleos aromáticos, são estes óleos que lhe dão o seu cheiro tão particular. Os seus ramos são da cor verde-escuro na parte inferior, assumindo um tom mais avermelhado na porção superior.
As folhas são simples, alternas, verde-escuras e lustrosas na face superior, mais pálidas na inferior. Estas são inteiras, oblongo-lanceoladas, com pecíolo avermelhado. Muitas vezes parecem coreáceas, estas possuem um cheio distinto quando esmagadas.
As suas inflorescências são curtas e pedunculadas, apresentando flores amarelo-claras. As suas bagas (drupas) são ovóides semelhantes a azeitonas, possuem a cor verdes tornando-se negras durante o amadurecimento. A floração ocorre entre Fevereiro e Maio. A maturação dos frutos dá-se no outono.
Estas plantas não gostam muito do frio, sendo necessário protege-las se os Invernos forem muito rigorosos. A sua plantação deve ocorrer em períodos mais amenos, normalmente no início da primavera. O seu cultivo exige solos húmidos e férteis, preferencialmente em zonas de semi-sombra, longe de áreas marítimas. A sua multiplicação pode ser feita por sementes ou estacas.
Em Portugal, esta planta é usada nas cozinhas como condimento, nomeadamente as suas folhas, que podem ser utilizadas ainda verdes ou depois de secas, conferindo à comida um sabor diferente (mais amargo). O seu cheiro permite que seja usada para afastar insectos das plantas que a circundam.
O loureiro está associado à manutenção do ciclo menstrual, nas mulheres, à facilitação da digestão, assim como ao tratamento do reumático, entre muitos outros usos medicinais. Quando em determinadas concentrações esta planta encontra-se associada ao tratamento de cancro.
A sua distribuição ocorre tipicamente na região mediterrânica. Em Portugal surge maioritariamente na região norte e centro. Esta espécie é cultivada por toda a Europa.
Os autores clássicos assim como os imperadores romanos ou mesmo os vencedores olímpicos usavam grinaldas de loureiro como símbolo da sua grandiosidade e representando as suas vitórias. O termo laureado surge do facto de antigamente se coroarem os vencedores com louro.
O seu uso como símbolo de vitória está associado à lenda grega do deus Apolo e da ninfa Dafne, esta cansada da prosseguição realizada por Apolo pediu ao seu pai que a transforma-se numa árvore, este tendo pena da filha, transformou-a numa loureiro. A partir desse momento Apolo tomou o loureiro como seu símbolo. Esta planta possui também uma conotação cristã ao ser usada no domingo de ramos, em conjunto com a oliveira e a palmeira, pois assume-se que quando Jesus chegou a Jerusalém antes da sua última ceia foi recebido pelos populares com ramos dessas três plantas.
Fontes:
Loureiro, Laurus nobilis. Florestar.net Consultado em: Agosto 29, 2015, em http://www.florestar.net/loureiro/loureiro.html
Humohries, C. J.; Press, J. R.; Sutton, D. A. (1996). Árvores de Portugal e Europa. Guia Fapas. ISBN 972-95951-2-7
Palavras-chave:
Planta arbórea
Drupa
Lauraceae
Planta dióica