A Ordem Thelyphonida é um grupo de animais da Classe dos aracnídeos que pertencem ao Filo Arthropoda, Sub-Filo Chelicerata. Habitam regiões tropicais e sub tropicais. Vivem sob as rochas, madeiras e nos restos de folhas e no solo. Têm como característica possuirem um flagelo abdominal. No passado, esta ordem denominava-se de Uropygi.
Existem cerca de cem espécies descritas destes aracnídeos, distribuídas por quatro famílias.
Os membros desta ordem são conhecidos, vulgarmente, por escorpiões vinagre. São animais pequenos, que podem atingir cerca de sessenta e cinco milímetros de comprimento, como é o caso da espécie Mastigoproctus giganteus.
O prossomo destes animais aracnídeos é coberto por uma carapaça dorsal onde se localizam dois olhos medianos anteriores e entre três a quatro pares de olhos laterais. Estão presentes quelíceras com dois segmentos e a peça distal forma um gancho ou garra que se dobra contra a peça basal. Os pedipalpos são fortes e curtos, estando modificados em forma de quela para capturar a presa. Estas estruturas e o primeiro par de pernas, que é bastante longo, é mantido na frente do animal enquanto este se move. A zona posterior do abdómen contém duas glândulas anais, que se abrem em cada lado do ânus. Estas glândulas são de grandes dimensões. Estas glândulas produzem uma substância que é transferida para o predador. Esta substância é constituída essencialmente por ácido acético e uma pequena percentagem de ácido caprílico, tendo este como função ajudar na penetração do ácido acético no tegumento do predador. Este fluído pode causar queimaduras ao Homem. O intenso cheiro proveniente do ácido acético deu o nome comum a estes animais, conhecidos como escorpiões vinagre.
Ao alimentar-se a presa é capturada pelos pedipalpos, que passam o alimento para as quelíceras. Estão presentes dois pulmões laminares, localizados ventralmente no segundo e terceiro segmentos abdómen.
A transferência de esperma é indireta nestes animais, e envolve a deposição de um espermatóforo. Durante o acasalmento, o macho, segura as pernas sensoriais da fêmea com as quelíceras, o esperma é introduzido na zona genital desta através do espermatóforo. A fêmea, que permace num abrigo até que os ovos tenham incubado e sofrido sucessivas mudas, põe os ovos num saco preso ao corpo.