A Ordem Pseudoscorpiones é um grupo de animais da classe dos aracnídeos que pertencem ao Filo Arthropoda, Sub-Filo Chelicerata. Vulgarmente conhecidos como pseudoescorpiões, estes aracnídeos medem até oito milímetros. Habitam restos de folhas, cascas de árvores, fendas de pedras e também são encontrados no solo. Raramente são observados devido ao seu tamanho, embora sejam muito comuns. São uma espécie cosmopolita, encontradados em quase todas as zonas do globo terrestre, habitando maioritariamente a zona dos trópicos.
Semelhantes aos escorpiões, diferem no tamanho (são muito mais pequenos), não têm ferrão como os escorpiões e o abdómen não é longo. Na verdade, o abdómen dos peudoescorpiões é largo, formando um junção larga com o prossomo. É arredondado na parte posterior. Têm uma carapaça retangular que comporta um ou dois olhos na parte lateral anterior. Os olhos podem estar ausentes.
Os pedipalpos possuem garras, à semelhança dos pedipalpos dos escorpiões, mas ao contrários destes, possuem glândulas de veneno nestas estruturas. Enquanto se movimentam, os pseudoescorpiões, mantêm os pedipalpos para a frente. O movimento é bastante lento. Quando se sentem ameaçados, recolhem os pedipalpos para trás, que permanecem sob a carapaça e tornam-se imóveis. As quelíceras são pequenas e têm garras.
A nível da alimentação, os pseudoescorpiões alimentam-se de pequenos artrópodes. As presas são capturadas e paralisadas pelo veneno segregado pelas glândulas existentes nos pedipalpos. Posteriormente a presa é transferida para as quelíceras, que rompem o exoesqueleto das presas, introduzindo enzimas que digerem o substrato.
Um sistema traqueal é responsável pelas trocas gasosas. Este sistema abre-se através de dois pares de espiráculos nos terceiros e quartos pares de segmentos abdominais, no lado ventral. A excreção é realizada através das glândulas coxais localizadas no terceiro par de pernas locomotoras.
A diferenciação sexual é reduzida. O processo de reprodução sexuada envolve a deposição de um espermatóforo, por parte do macho, e na ausência da fêmea. Esta ao encontrar o espermatóforo é atraída quimicamente para este, onde recolhe o esperma. Esta forma é a mais primitiva. Outras, contudo, são mais especializadas, que envolvem a produção de sedas por parte do macho, que guiam a fêmea até ao espermatóforo. A fêmea, depois da fecundação, e antes de por os ovos, utiliza restos de folhas e resíduos para construir um ninho, este ninho é chamado de ninho de cria. Após a postura dos ovos, estes permacem num saco membranoso ligado à abertura genital, onde se dá o desenvolvimento. A primeira muda ocorre antes da eclosão, e outra muda acontece na eclosão. Os pseudoescopriões realizam mais duas mudas antes de se tornarem adultos. A maturidade é atingida ao fim de um ano, vivendo, geralmente, entre dois a cinco anos.
Existem cerca de três mil e trezentas espécies de pseudoescorpiões. A ordem divide-se em duas subordens: Epiocheirata e Iocheirata. Várias famílias de pseudoescorpiões compõem este grupo, são elas: Chthoniidae, Dracochelidae, Lechytiidae, Feaellidae, Pseudogarypidae, Bochicidae, Gymnobisiidae, Hyidae, Ideoroncidae, Neobissidae, Parahyidae, Syarinidae, Atemnidae, Cheliferidae, Chernetidae, Withiidae, Sternophoridae, Cheridiidae, Garypidae, Geogarypidae, Larcidae, Pseudochiridiidae, Menthidae e Olpiidae.
