Gregor Mendel, atualmente considerado o pai da hereditariedade, nasceu a 1822 na Áustria. Formou-se na University of Vienna, e passou 14 anos da sua vida a ensinar numa escola e a estudar ervilhas no mosteiro (Abadia St. Thomas em Brno, República Checa).
O génio de Mendel conseguiu deduzir os mecanismos básicos de transmissão hereditária sem que fossem conhecidos na época os processos biológicos e celulares que estão na base dessa forma de transmissão.
Para a desenvolvimento dos seus estudos, Mendel usou como material a Ervilheira doce (Pisum sativum).
Para tal, estudou 7 caraterísticas:
- Forma da semente (lisa, rugosa);
- Cor da semente (amarela, verde);
- Forma da vagem (inchada, comprimida);
- Cor da vagem (amarela, verde);
- Cor da flor (purpura, branca);
- Posicionamento da flor e da vagem (axial, terminal);
- Comprimento do pé (alto, baixo);
O trabalho de Mendel contribuiu para a descoberta de “fatores” hereditários (genes), transmitidos entre gerações, bem como para o desenvolvimento de regras de hereditariedade (Genética Mendeliana).
Primeira Lei de Mendel (Princípio da Segregação Independente)
Durante a formação dos gâmetas, os dois membros de um par de genes separam-se; metade dos gâmetas terão um dos membros e a outra metade o outro membro.
Segunda Lei de Mendel (Lei da Independência dos Carateres)
A segregação dos membros de qualquer par de determinantes hereditários é independente da segregação de outros pares.
De seguida são apontadas as principais razões para o sucesso dos estudos desenvolvidos por Mendel:
- Escolha adequada do material biológico;
– fácil obtenção,
– ciclo de vida curto,
– produção de descendência numerosa,
– autopolinização ou polinização cruzada. - Obtenção de linhas puras (caraterística importante para o controlo das experiências);
– Obtenção de 7 pares de linhas puras para 7 caraterísticas, com cada par diferindo apenas em relação a 1 carater. - Cruzamentos simples, recolha de grande quantidade de dados, análise estatística dos resultados, confirmação em novas experiências.