Laterites é o nome dado aos tipos de solos onde ocorre uma intensa metereorização e atividade de decomposição orgânica.
As características de cada solo são consequência, numa primeira instância, das condições climáticas existentes à sua localização. Contudo, a rocha mãe, os organismos que habitam esse solo, e o declive do mesmo influenciam fortemente o tipo de solo. Como consequência da multiplicidade de combinações possíveis entre estes fatores, os solos podem apresentar características e propriedades extremamente variadas. Desta forma existem diferentes tipos de classificação de solos. O primeiro cientista a publicar trabalhos que classificava os solos foi o russo Dukuchaev, em 1883. Este geólogo russo baseou-se nas propriedades observáveis, a maioria das quais resultantes dos processos climáticos e biológixcos da respetiva formação. Uma classificação quem tem por base a vegetação e o clima classifica os solos como pedalfer, pedocal e laterites.
Os solos classificados como laterites são típicos e abundantes onde o clima é do tipo tropical, quente e húmido. Os solos do tipo laterite são predominantes onde as chuvas são intensas e abundantes.
Os solos lateríticos são frequentemente de cor vermelha e são compostos inteiramente por óxidos de ferro e óxidos de alumínio. Estes compostos são normalmente as últimas substâncias das rochas a solubilizarem-se. Se o solo é rico em hematite, pode ser explorado como minério de ferro. O que acontece na realiadade, em muitas casos, é que o clima tropical geralmente permite a hidratação da hematite em limonite, o que tira o valor económico ao depósito. Neste tipo de solos encontram-se muitas vezes camadas de bauxite. A bauxite é o principal minério de alúminio.
Do ponto de vista agrícola, os solos lateríticos são solos muito pobres, este fato deve-se ao húmus ser praticamente inexistente. A intensa atividade bacteriana, facilmente induzida pelo tipo de clima, contribui para que o húmus seja falcimente, e rapidamente, decomposto por ação desses microrganismos.