Conceito de Jurássico
O termo Jurássico foi criado para designar um período da era Mezóica que sucedeu ao Triássico e antecedeu o Cretácio, ambos períodos pertencentes à mesma era, e que ocorreu entre há 199 milhões e 600 mil e 145 milhões e 500 mil anos atrás, aproximadamente. Esta expressão foi utilizada pela primeira vez em 1795 pelo cientista e geógrafo alemão A. Von Humboldt para designar os calcários brancos existentes no Jura suiço. O grande acontecimento deste período foi a divisão do grande continente Pangeia em dois: Laurásia e Gondwana. Esta fragmentação deste grande continente originou alterações drásticas no clima do planeta, tornando-se mais quente e húmido e favorecendo o surgimento de um grande número de novas espécies animais e vegetais.
Este período é também conhecido como o período dos grandes répteis que dominaram a fauna da altura: os dinossauros. Além dos dinossauros, referência também para o surgimento dos grandes tubarões e para as primeiras aves e primeiros mamíferos. Na flora, destacam-se as cicadáceas, os ginkgos e as coníferas gigantescas, características de climas quentes e húmidos. Também é neste período que surgem as primeiras plantas com flores.
É comum dividir o Jurássico em três épocas distintas (da mais antiga para a mais recente): a Jurássica Inferior (ou Lias ou Jurássico Liásico), a Jurássica Média (ou Dogger) e a Jurássica Superior (ou Malm). O Jurássico Inferior (entre 199 milhões e 175 milhões de anos atrás) caracteriza-se pelo início da divisão da Pangeia em duas grandes massas: a Laurásia a Norte e a Gondwana a Sul. Nesta fase o clima era ainda muito seco, mas mesmo assim permitiu o surgimento dos primeiros grandes répteis. No Jurássico Médio (entre 175 a 161 milhões de anos atrás) continua a separação entre a Laurásia e a Gondwana, e inicia-se a formação do Atlântico Norte pela fragmentação da Laurásia. O clima torna-se gradualmente mais ameno e húmido favorecendo a proliferação e surgimento de novas espécies, entre as quais os primeiros mamíferos. No Jurássico Superior (entre 161 a 145 milhões de anos atrás) termina a separação entre a Laurásia e a Gondwana e inicia-se a fragmentação da Gondwana, surgindo entre elas o Atlântico Sul. O clima torna-se muito mais húmido favorecendo o surgimento de novas espécies e a proliferação de grandes florestas e de vegetação abundante.