A diversidade genética de uma população pode ser medida através dos níveis de heterozigotia que comporta no seu fundo genético. Quando um indivíduo possui dois alelos iguais para o mesmo gene, é considerado um homozigótico para esse gene. Pelo contrário, se os dois alelos para esse gene são diferentes, então trata-se de um indivíduo heterozigótico para esse gene. Através da reprodução sexuada é possível a ocorrência de heterozigotia (o mesmo acontece nos casos em que surge uma mutação num gene), ou seja, dois alelos diferentes para um gene. Esta possibilidade existe porque um alelo é fornecido pelo pai e outro pela mãe e, se forem alelos diferentes, o filho é heterozigótico para o gene em questão. É também possível que os alelos parentais sejam iguais e, nesse caso, o aumento da variabilidade para esse gene não se verifica.
Uma população com elevados níveis de heterozigotia é uma população mais viável do que outra em que os níveis de heterozigotia sejam baixos. A heterozigotia aumenta a probabilidade de resistência a alterações ambientais desvantajosas, de resistência a agentes patogénicos, e diminui a possibilidade de expressão de diversas doenças, quer sejam doenças com um padrão de transmissão hereditário ou não. A heterozigotia aumenta também o potencial de acção da selecção natural na capacidade de adaptação dos indivíduos ao meio ambiente em que se inserem.