Conceito de Género
Género é a categoria taxonómica que corresponde ao conjunto de espécies com características morfológicas e funcionais muito semelhantes e antecessores comuns. O termo é usado na classificação sistemática das espécies. A este conceito estão associados outros como o Reino, o Filo, a Classe, a Ordem, a Família e a Espécie que em conjunto permitem organizar os seres vivos em hierarquias, consoante a sua semelhança. No género são incluídos mais seres do que na Espécie e menos indivíduos do que na Família, isto é, um género é composto por várias espécies e em conjunto com outros géneros compõe uma família.
O conceito é muito antigo remontando à época greco-romana e tem como objetivo organizar as espécies de forma a serem mais facilmente reconhecidas e com uma ordem aparente, que nem sempre corresponde à verificada na natureza.
Lineu utiliza o conceito para a criação da nomenclatura binomial, usada para classificar e nomear uma espécie. Por se encontrar ligado ao taxa espécies, cada género encontra-se muito bem descrito pois a ele estão associadas todas as caraterísticas morfológica, funcionais e os genomas associados a cada uma das espécies que correspondem ao género em análise.
Em termos de nomenclatura não é possível existirem dois géneros com o mesmo nome num mesmo reino, no entanto, é possível que tenha sido atribuído o mesmo nome a dois géneros, se estes se encontrarem em reinos diferentes, pois respeitam regras nomenclaturais diferentes. O género deve ser sempre escrito em maiúscula e em itálico, isto deve-se à sua associação com a nomenclatura binomial usada na espécie, por exemplo Quercus (género que representa os carvalhos).
A descoberta de novas informações no campo da genética levam por vezes à reorganização das estruturas taxonómicas fazendo surgir novos géneros e eliminando outros que se verificaram não existir, este processo obriga a uma nova distribuição de determinadas espécies por géneros diferentes dos anteriores.
Para que um grupo de espécies possa ser considerado género válido é necessário que seja monofilético, isto é, o conjunto de espécies tem que possuir todas as espécies procedentes de um mesmo ancestral; é também necessário que os seus genomas sejam similares, de forma a não aumentar o género indefinidamente; por fim é ainda necessário que as características morfológicas e funcionais sejam similares mas ao mesmo tempo que seja possível distinguir entre espécies.
Apesar da existência dos critérios mencionados anteriormente estes nem sempre são tidos em conta, estando ainda em discussão entre os especialistas qual a melhor forma de determinar um género válido, neste momento as características físicas são as mais utilizadas, mas isto pode ser alterado em breve devido aos avanços da ciência.